‘Lei Anti-Oruam’: saiba tudo sobre o projeto polêmico

Um projeto de lei apresentado na Câmara Municipal de São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União) busca proibir a contratação de shows, artistas e eventos voltados ao público infantojuvenil que promovam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas. 

Apesar de não citar nomes em seu texto oficial, o projeto ganhou destaque após a parlamentar criar um site chamado “Lei Anti-Oruam” e mencionar diretamente o rapper famoso em vídeos nas redes sociais.

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Dono da música mais ouvida do Brasil no Spotify em 2024, “Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim”, Oruam é filho do traficante Marcinho VP, preso por crimes como homicídio qualificado, tráfico de drogas e formação de quadrilha.

A proposta da vereadora surge em um contexto em que Oruam já teve um show cancelado no Wehoo Festival, após se envolver em uma discussão pública sobre a PEC das praias.

Apesar de o projeto de lei não mencionar o rapper diretamente, a iniciativa tem sido associada a ele, especialmente após a criação do site e as declarações da parlamentar. O texto ainda precisa ser votado e, se aprovado, pode impactar a realização de eventos culturais na cidade.

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Uma publicação compartilhada por Amanda Vettorazzo (@amanda.vettorazzo)

”Apologia às drogas, ao sexo e às facções criminosas são os principais temas das músicas do rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, organização criminosa que aterroriza o Rio de Janeiro”, escreveu a parlamentar, na legenda da publicação.

Ela continua dizendo:

”Por isso, defendo que a prefeitura de São Paulo não utilize recursos públicos para contratar artistas que promovam o crime organizado. É fundamental tratarmos facções como o Comando Vermelho como organizações terroristas. O dinheiro do contribuinte não pode ser destinado a normalizar ou romantizar o mundo do crime”, afirmou. 

Marcinho VP, pai de Oruam


Marcinho VP, pai de Oruam


|  Foto:
Reprodução – Redes sociais

Nos comentários da publicação, a proposta foi bem recebida por alguns internautas: ”Excelente iniciativa. Deveria se estender a todo país”, comentou um. ”Independente se você é de direita ou de esquerda, apoiar que esse tipo de show saia do dinheiro do povo é um absurdo”, escreveu outro. 

O cantor ainda não se pronunciou sobre a polêmica nas redes sociais. 

Sobre Oruam

Aos 22 anos, o rapper tem ganhado notoriedade no cenário musical, com mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify, mesmo sem ter lançado um álbum completo. Suas músicas abordam temas como ostentação, sexo e sua relação com o pai, Marcinho VP, apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho.

Durante uma apresentação no Lollapalooza 2024, Oruam usou uma camiseta com um pedido de liberdade para o pai, e gerou polêmica.

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