‘Acordei no hospital sem entender nada’, diz sobrevivente de explosão em prédio em Maceió

Prédio desabou após a explosão. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas. Sobrevivente de explosão em prédio em Maceió fala sobre a tragédia
Um dos sobreviventes da explosão que levou ao desabamento de um prédio em Maceió já deixou o hospital em que estava internado e contou que só teve noção da dimensão da tragédia depois que voltou para casa. Os corpos das três vítimas foram enterrados nesta sexta-feira (8).
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
O mecânico Thayrone Santos estava no apartamento da namorada quando o prédio caiu. Ela sofreu ferimentos leves, e ele foi levado desacordado ao Hospital Geral do Estado (HGE).
“Acordei no hospital sem entender nada, perguntando por que eu estava no hospital. Eu sem entender porque foi, depois que eu fui entender, quando cheguei em casa, vi as fotos”, disse.
Thayrone teve hemorragia interna, levou 16 pontos na cabeça, sete no punho e teve vários ferimentos nas costas e em outras partes do corpo.
“Agradecimento a Deus, porque foi mais uma vida que ele me deu. Isso aqui eu nasci e vivi de novo”, afirmou o mecânico.
Maria Betânia dos Santos viu vídeos após o desabamento do prédio, mas não sabia que o filho estava entre as vítimas.
“Ele estava com hemorragia interna na cabeça. Eu ia perder o meu filho caçula. Ainda estou muito nervosa com o que aconteceu”, afirmou.
Dos 21 apartamentos interditados pela Defesa Civil, 13 foram liberados nesta sexta-feira. Oito apartamentos seguem interditados e moradores foram para casa de parentes.
LEIA TAMBÉM:
Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre a explosão em um prédio de Maceió que deixou 3 mortos e 5 feridos
Avô e neto mortos em explosão foram arremessados a 30 metros de distância
Quem eram as vítimas
Corpos das vítimas de explosão em prédio de Maceió são enterrados
O vendedor de churros Gilvan da Silva, 57 anos, e o neto Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, 10 anos, estavam no mesmo apartamento. A terceira vítima, o ajudante de construção Wesley Lopes da Silva, 36 anos, morava em outro apartamento no mesmo prédio, e iria se mudar nesta sexta-feira.
Vizinhos contaram para a reportagem do g1 que Tharlysson era tranquilo e obediente. Ele estudava e gostava de brincar com os amigos na região. Ele e o avô Gilvan moravam no mesmo apartamento. Com o impacto da explosão, os dois foram arremessados cerca de 30 metros para fora do imóvel e morreram no local, segundo o Corpo de Bombeiros.
Gilvan da Silva vendia churros e batata frita e tinha costume de acordar durante a madrugada para preparar a massa do churros e cortar as batatas. Durante anos ele trabalhou na porta do campus do IFAL em Maceió, e era conhecido carinhosamente como “Tio do Churros”.
Wesley Lopes trabalhava como ajudante na construção civil e morava com o tio no residencial. Segundo Maurício Ferreira, o primo iria se mudar no fim de semana para outro bairro. Ele estava vivo quando os militares chegaram ao local.
Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL
Veja mais notícias da região no g1 AL
Adicionar aos favoritos o Link permanente.