De seringais a municípios: Assis Brasil, Manoel Urbano e Senador Guiomard completam 49 anos nesta quarta-feira (14)


Cidades foram criadas oficialmente por meio de lei assinada em 1976 e celebram emancipação com shows e desfiles. Conheça história dos municípios. Três cidades acreanas comemoram 49 anos de emancipação
Geisy Negreiros/Prefeitura de Senador Guiomard/Rafael Dias
Juntas, elas somam pouco mais de 41,5 mil moradores — o que dá pouco mais da metade da capacidade total do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, o maior do país. Mas não é por isso que a história dos três municípios acreanos que fazem aniversário nesta quarta-feira (14) é menor.
Assis Brasil, Manoel Urbano e Senador Guiomard, que completam 49 anos, foram criadas oficialmente pela lei nº 588 de 14 de maio de 1976, uma das que alteraram a composição do estado. Próximas dos 50 anos, as cidades comemoram a emancipação com shows e desfiles cívicos-militares.
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Em Assis Brasil, a prefeitura convocou os moradores para prestigiarem o tradicional desfile em frente a sede da administração municipal, na Avenida Raimundo Chaar, no Centro. Não foram divulgados outros detalhes sobre a comemoração.
Já em Manoel Urbano, a celebração se adiantou à data e começou ainda na noite de terça-feira (13), com culto ecumênico, concurso de miss e mister e shows de artistas locais, com programação até às 3h30 desta quarta.
No município de Senador Guiomard, a festa promete ser caprichada: serão cortados 49 bolos, em menção aos 49 anos da cidade. Houve até a interdição da Avenida Castelo Branco, em frente a prefeitura, para a organização dos festejos.
História
Assim como boa parte dos municípios acreanos, as três cidades aniversariantes surgiram como seringais na época dos ciclos da borracha, que ditaram os rumos do estado do Acre. Confira:
Assis Brasil
Assis Brasil – Acre
Geisy Negreiros/Arquivo pessoal
A cidade fica na fronteira tríplice entre Brasil, Bolívia e Peru. A pouco mais de 340 km da capital, foi fundado como Seringal Paraguaçu em 1948. Se tornou Vila Assis Brasil em 1958. Em 1976, foi desmembrado de Brasiléia.
O nome foi dado em homenagem a Joaquim Francisco de Assis Brasil, um dos negociadores do Tratado de Petrópolis, que garantiu o território do Acre ao Brasil.
Conforme o Censo 2022, o município tem por volta de 8,1 mil moradores.
Manoel Urbano
Manoel Urbano, interior do Acre
Tácita Muniz/G1
Também com origem nos seringais, Manoel Urbano surgiu como Colocação Tabocal. Os fundadores eram dois irmãos conhecidos como João Moaco e Zé Moaco.
Em 1936, se tornou uma vila. O nome faz referência ao explorador Manoel Urbano da Encarnação, do Amazonas, um dos grandes conhecedores do Rio Purus.
O município fica a pouco mais de 220 km da capital, e tem por volta de 11,9 mil moradores segundo o Censo 2022.
Senador Guiomard
Senador Guiomard, no interior do Acre
Geisy Negreiros/Arquivo pessoal
A Colocação Quinarizinho foi formada por 32 famílias que vieram de estados do Nordeste para trabalhar na produção da borracha. Com o povoamento e a construção de uma estrada até Rio Branco, se tornou vila em 1956. No ano seguinte passou a se chamar Vila Grande Quinari. Trata-se do município de Senador Guiomard.
Em 1959, a então vila recebeu as primeiras famílias japonesas, que contribuíram para que a cidade se tornasse o centro da produção de amendoim no estado.
De acordo com a história oficial, o nome original é derivado da árvore Quinaquina, que era encontrada em abundância no município. As raízes eram utilizadas para chás. Entretanto, outra explicação é de o nome Quinari tem origem indígena.
O município, a cerca de 33 km da capital, recebeu o nome em homenagem ao ex-governador José Guiomard dos Santos. Segundo o Censo 2022, a população é de 21,5 mil moradores.
VÍDEOS: g1
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