Teste do Pezinho em Santa Catarina detecta sete doenças graves e ganha reforço com inclusão da toxoplasmose

O Teste do Pezinho em Santa Catarina passou a contar com um reforço importante em 2024: a inclusão da toxoplasmose congênita na lista de doenças detectáveis por meio da triagem neonatal, um dos exames mais relevantes na vida de um recém-nascido. A mudança amplia a cobertura para sete doenças graves, todas com potencial de causar sequelas ou morte se não tratadas precocemente.

A ampliação do teste reforça a estratégia da Secretaria de Estado da Saúde, que mantém uma média mensal entre 6,5 a 7 mil coletas em todo o estado. Segundo Francielle da Rosa, enfermeira da Diretoria de Atenção Primária da Saúde e responsável técnica pela triagem neonatal, o exame é obrigatório justamente porque detecta doenças antes da manifestação dos sintomas, possibilitando tratamento precoce e eficaz.

“A hiperplasia adrenal congênita é hoje a condição mais grave que identificamos. Ela pode levar à morte em menos de 48 horas se não houver intervenção rápida”, alerta Francielle. Além dessa, o exame detecta hipotireoidismo congênito, fibrose cística e agora também a toxoplasmose congênita.

A coleta do material é simples: consiste em cinco gotinhas de sangue retiradas do calcanhar do bebê entre o 3º e o 5º dia de vida, seguindo protocolos de segurança e qualidade. O exame é oferecido gratuitamente pelo SUS em mais de 1.500 pontos de coleta espalhados entre unidades de saúde e hospitais.

Mesmo famílias que optam por realizar a versão ampliada do exame em laboratórios privados devem repetir a triagem na rede pública. “Na rede privada, o acompanhamento posterior não está garantido. No SUS, há monitoramento e busca ativa dos casos alterados. Recebemos muitos bebês com diagnóstico tardio porque só fizeram o teste fora da rede pública”, explica Francielle.

Entre janeiro e abril de 2024, mais de 29 mil Testes do Pezinho foram realizados em Santa Catarina. Como parte da comemoração do Dia Nacional do Teste do Pezinho, a Secretaria da Saúde promove no dia 11 de junho um evento online com apresentação de estratégias de sucesso, como coleta domiciliar e parcerias com maternidades que integram o exame à alta hospitalar.

“O objetivo é garantir que cada bebê tenha acesso ao exame no momento certo”, reforça Francielle.

0

0

Adicionar aos favoritos o Link permanente.