Alagoas perde José Elias, referência no jornalismo político

O jornalismo de Alagoas perde uma das suas referências com a morte, aos 74 anos de idade, de José Elias, sem dúvida alguma o principal colunista político da sua geração, que em cerca de 50 anos de atividade profissional adquiriu credibilidade pelo faro jornalístico, antecipando informações que só alcançariam domínio público muito depois.

Nos conhecemos nos idos de 1974, na “Gazeta de Alagoas”, e firmamos uma amizade que perdurou ao longo de cinco décadas, inclusive nos períodos em que, por opção profissional, atuei em outros veículos de comunicação.

Assim como o saudoso jornalista Aílton Vilanova, que perdemos para a Covid-19, Zé Elias só se referia à minha pessoa, carinhosamente, como “Flavito” – apelido que somente outros poucos colegas de profissão utilizam em relação a mim.

Essa aproximação entre nós se reforçou quando por certo período fomos vizinhos de condomínio e nos encontrávamos nas caminhadas matinais, momentos em que trocávamos confidências sobre determinados assuntos de bastidores políticos.

Senti-me honrado quando, em 1989, fui convidado por Pedro Collor para substituir Zé Elias na sua prestigiada coluna na Gazeta, pois ele havia sido convidado pelo então governador Moacir Andrade para ser seu Secretário de Comunicação Social.

Além da Secom estadual, atuou na Prefeitura de Maceió e exerceu suas atividades também no Jornal de Alagoas; nas Rádios Palmares, Progresso e Difusora, e no Jornal de Hoje.

A marca registrada de Zé Elias era o seu excelente relacionamento com os personagens que abordava em sua coluna, tratando a todos em pé de igualdade, independentemente das preferências políticas.

Deixa como sucessora no jornalismo a sua filha Flora Guimarães.

Seu velório foi iniciado ontem à noite, no Parque das Flores, onde será sepultado nesta quinta-feira, 6, às 14 horas.

 

 

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