Restos mortais de bebê são roubados do túmulo em cemitério de Magé

Os restos mortais do bebê João Pedro Soares, que faleceu com apenas 9 meses, foram roubados do túmulo no Cemitério Municipal II de Vila Esperança, localizado em Magé, na Baixada Fluminense. O crime foi descoberto pelos familiares no último sábado (2), Dia de Finados.

De acordo com Sebastião Soares, de 55 anos, avô de João Pedro, a primeira pessoa a perceber o crime foi a sua cunhada. Ao visitar o túmulo para prestar condolências, ela notou que o caixão havia sido retirado do local e questionou ao funcionário do cemitério, que confirmou o roubo.

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Ninguém sabe dizer o que aconteceu. É um absurdo!


Sebastião Soares,
avô de João Pedro

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“Ela [a cunhada] me ligou e me mandou uma foto do túmulo quebrado. Fui até o cemitério para ver com meus próprios olhos e, quando cheguei lá, vi que o caixão realmente tinha sido roubado. Mas ninguém sabe dizer o que aconteceu. É um absurdo”, relatou Sebastião, indignado, em entrevista ao ENFOCO.

Ele registrou a ocorrência nesta segunda-feira (4) na 65ª DP (Magé), como destruição, subtração ou ocultação de cadáver. A Polícia Civil investiga o caso.

Menino faleceu em 2022

João Pedro faleceu em novembro de 2022, vítima de insuficiência renal. No próximo dia 17, fará dois anos da sua morte. Sebastião, que é pai da mãe do bebê, expressou sua indignação diante do ocorrido.

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A minha filha [mãe do bebê] nem consegue falar de tanta dor


Sebastião Soares,
avô do João Pedro

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“Estamos sem chão. Já tivemos que sofrer com a perda e agora temos que lidar com o roubo do corpo dele. A minha filha nem consegue falar de tanta dor. A direção do cemitério ainda pediu para retirarmos o boletim de ocorrência, mas isso não vai acontecer. É a minha família”, afirmou o avô.

O cemitério enfrenta problemas como forte odor e abandono, segundo denúncias


O cemitério enfrenta problemas como forte odor e abandono, segundo denúncias


|  Foto:
Reprodução

Denúncias contra o cemitério

Além do roubo, moradores da região têm se queixado das condições precárias do cemitério. Segundo relatos, o local enfrenta problemas como forte odor, abandono, falta de infraestrutura e ausência de profissionais para garantir a segurança e a manutenção adequada.

O que dizem as autoridades

Procurada pelo ENFOCO, a Polícia Civil informou, em nota, que “os agentes estão ouvindo testemunhas e buscando imagens de câmeras de segurança para identificar a autoria do fato”. 

A Prefeitura de Magé, responsável pela administração do cemitério, também foi contatada, mas não se pronunciou sobre o caso até a publicação desta reportagem.

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