Direct to Cell: tudo sobre o serviço de internet da Starlink para celulares

O serviço de internet via satélite da Starlink para celulares foi aprovado recentemente pela FCC (Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos), e seu lançamento está avançando nos Estados Unidos. O serviço Direct to Cell utiliza a extensa rede de satélites da Starlink para conectar aparelhos móveis comuns à constelação do Elon Musk.

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É como se fosse “uma torre de celular no espaço”. Isso significa que os usuários dessa nova tecnologia não vão mais precisar de torres terrestres ou equipamentos específicos para ter conexão no smartphone.

Maior cobertura e velocidade

Agora será possível fazer chamadas de celular, mandar SMS e usar a internet móvel usando a Starlink. Até mesmo em áreas muito remotas onde as provedoras tradicionais não conseguem alcançar, como fazendas, trilhas, regiões costeiras e florestas.

Vale lembrar que, por enquanto, a tecnologia suporta apenas mensagens de texto (SMS). Apenas ao longo de 2025 que a Starlink irá liberar ligações de voz, dados e dispositivos IoT (voltados para casa inteligente) ou LTE.

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O começo das operações oficiais do Direct to Cell foi autorizado dentro do território dos Estados Unidos, além de que ele deve operar em faixas de frequência determinadas por eles. Essas frequências são de 1.910 a 1.915 MHz (Terra-espaço) e 1990 a 1995 MHz (espaço-Terra), conforme os dados das empresas.

Já na parte de velocidade de conexão, o serviço pode atuar nas regiões entre 100 a 200 Mbps numa latência de 20ms, o que é bem aceitável para jogar online, por exemplo. Dessa forma, a Starlink se posiciona no mercado como uma ótima alternativa entre as redes 4G e 5G.

Site oficial Direct to Cell

Possibilidades de cobertura com Starlink Direct To Cell. Imagem: Reprodução/Starlink.

Satélites otimizados

Isso só é possível porque a SpaceX posiciona os satélites da Starlink em órbitas baixas. Enquanto a maioria dos serviços de satélites hoje provém de satélites individuais geoestacionários que orbitam o planeta a cerca de 35.000 km, a Starlink é uma constelação de muitos satélites que orbitam o planeta muito mais perto da Terra, cerca de 550 km, e que cobre todo o globo.

Então como os satélites Starlink estão em órbitas baixas, o tempo de ida e volta de dados entre o usuário e o satélite — também conhecido por latência — é muito mais baixo do que em satélites em órbitas geoestacionárias.

Além de ligações e SMS, você pode ter acesso a atividades com alto tráfego de dados como streaming e games que historicamente não têm sido possíveis com a internet via satélite “normal”.

Além disso, os satélites Starlink que fornecem esse serviço possuem um modem “eNodeB” avançado a bordo que atua como uma torre de celular no espaço. É ele que permite a integração à rede de forma semelhante à de uma empresa de roaming padrão.

Preço

O Direct to Cell funciona com smartphones LTE que já existem, então se o aparelho tem conexão a uma rede 4G ou 5G, ele provavelmente funciona com a internet da Starlink. Não será necessário comprar uma antena ou fazer alteração de hardware e firmware no smartphone. Também não é necessário comprar um novo celular ou instalar aplicativos especiais pra usar a Direct to Cell.

Parceiros da SpaceX para fornecer o serviço Starlink Direct To Cell. Imagem: Reprodução/Starlink.

E quanto isso vai custar? Um tempo atrás, o CEO da T-Mobile disse que a parceria com a Starlink “não vai custar nada a mais para os clientes”. Eles vão apenas cobrar uma “taxa extra” nos planos mais baratos pra eles poderem usar esse serviço.

A T-Mobile ainda não lançou os valores oficiais dessa taxa para o Direct to Cell. Mas, para comparação, os demais planos Starlink para uso residencial custam cerca de 150 dólares atualmente. Dessa forma, podemos deduzir que um plano pra celular poderá custar bem abaixo desse valor, talvez até menos do que a metade do plano residencial.

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Lançamento no Brasil

Embora o Direct to Cell tenha sido lançado inicialmente nos Estados Unidos, a tecnologia deve chegar em outras regiões do mundo. E um dos principais mercados da Starlink é o Brasil, principalmente porque aqui existem muitos usuários que estão em regiões como a Amazônia e o Sertão.

Nessas áreas, não há muita infraestrutura de internet. Então a conectividade proporcionada pela Starlink já é uma realidade muito utilizada aqui no país.

Algumas operadoras globais já fizeram a parceria com a Starlink. Existem operadoras do Japão, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Suíça e, é claro, a T-Mobile dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, ainda não temos uma previsão de quem poderá fazer essa parceria.

Entretanto, a Starlink já tem duas licenças para operar no Brasil, a SMGS (Serviço Móvel Global por Satélite) e a SCM (Serviço de Comunicação Multimídia). Então ela já está liberada pra prestar serviços de voz, mensagens de texto e banda larga na região com operadoras d ceelular, como TIM e Claro.

Embora as pessoas estejam na expectativa, vale lembrar que o governo brasileiro começou uma cooperação com a China para expandir os serviços de internet de alta velocidade no nosso território. Recentemente a Telebras firmou um acordo preliminar com a SpaceSail, uma empresa chinesa que compete diretamente com a Starlink de Elon Musk no mercado de internet via satélite.

A empresa asiática atualmente conta com 40 satélites em órbita, e apresentou um plano que inclui o lançamento de 648 novos satélites nos próximos 14 meses, com previsão de alcançar impressionantes 15 mil satélites até 2030.

Em comparação, a própria Starlink revelou que havia superado a marca de 4 milhões de usuários em todo o mundo. Já são mais de 7.500 satélites em órbita, e a Starlink planeja expandir ainda mais sua constelação para até 40.000 unidades.

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