Em dois dias, 40 apenados de Alegrete foram transferidos para presídios da região

Segundo levantamento feito pela justiça, o presídio foi projetado para receber 59 pessoas, com limite de 110, que é o número de camas existentes. “No que diz respeito ao Presídio Estadual de Alegrete, a situação estrutural do prédio é caótica. Não foram reformadas as celas nem foi feita a reforma da parte elétrica. É urgente, nesse passo, a tomada de medidas drásticas para que sejam obedecidas as decisões judiciais. O calor está absurdo, é absolutamente insalubre dentro das celas superlotadas e, não tendo sido reformada a parte elétrica, o risco de incêndio com a utilização de ventiladores é real”, destacou o magistrado em sua fiscalização de novembro.

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Passado mais de 15 dias, a reportagem verificou a situação e constatou que na última terça-feira (3), havia 104 internos no Presídio do município. São 91 presos e 13 detentas na ala feminina. Atendendo exigência feita pela justiça, em 48 horas dessa semana foram efetuadas 40 transferência de presos para outros presídios da região.

Com esses números, Alegrete soma 238 detentos em sistema de rodízio, cumprindo penas em outras unidades prisionais. No total, a massa carcerária do município é de 342 apenados e, conforme apurou a reportagem, com uso de tornozeleira eletrônica estão 150 presos.

Sem perspectivas de construção da nova cadeia pública a curto prazo, a situação é considerada caótica, já que o prédio apresenta problemas estruturais e de energia elétrica. A reportagem ligou para 6ª Delegacia Penitenciária Regional com sede em Santana de Livramento. Após vários questionamentos por telefone foi orientada a enviar email e até o momento desta postagem não havia recebido retorno.

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