Investidores estrangeiros divididos: Veja as oportunidades e riscos no Brasil

Grandes instituições financeiras, como Morgan Stanley, JP Morgan, Goldman Sachs e HSBC, ajustaram suas avaliações sobre o Brasil para uma posição neutra. O motivo? As preocupações fiscais persistentes e um cenário macroeconômico desafiador. Em contraste, o Bank of America nadou contra a maré e manteve uma recomendação de compra, destacando que, mesmo com riscos, o Brasil continua sendo uma oportunidade relevante na América Latina.

Preocupação com o aumento da dívida pública

O crescimento da dívida pública brasileira tem gerado ceticismo entre investidores estrangeiros. Segundo analistas, a trajetória atual dificulta projeções otimistas para o médio e longo prazo. “A matemática fiscal do Brasil não inspira confiança neste momento”, destacou Bruno Musa, economista e socio da Acqua Vero. Essa percepção pesa diretamente sobre as perspectivas macroeconômicas do país.

Mesmo em meio a incertezas, o mercado acionário brasileiro tem chamado a atenção por conta de seus preços dolarizados. “Muitas ações no Brasil estão sendo negociadas abaixo de seus valores patrimoniais, o que reflete preços semelhantes aos níveis da crise de 2007-2008”, apontou o economista. Empresas com baixo endividamento e forte geração de caixa são as mais citadas como opções interessantes para investidores que desejam diversificar suas carteiras.

Títulos públicos ganham destaque com altas taxas reais de juros

Os leilões recentes de títulos públicos indexados à inflação demonstraram a atratividade do mercado de renda fixa. Com taxas reais acima de 7%, esses ativos despertaram interesse tanto de investidores institucionais quanto individuais. “Participamos do leilão de NTN-Bs esta semana, pois enxergamos uma oportunidade de ganho caso as taxas de juros futuras comecem a cair”, explicou Musa.

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