“Estou pronta para encarar tudo”, diz Juliana Pavan sobre administração de Balneário Camboriú

Juliana Pavan do PSD foi eleita prefeita de Balneário Camboriú com 42,30% dos votos válidos ao lado do vice Nilson Probst. Juliana será a primeira mulher a comandar a cidade.

A veia política sempre esteve presente na família. É filha do ex-governador Leonel Pavan e Maria Bernadete Pavan. É casada e tem uma filha. Formada em administração é uma das fundadoras de um canal de TV em Balneário Camboriú e também foi apresentadora de TV. Em 2020 foi candidata pela primeira vez a um cargo público e foi eleita a única mulher no legislativo.

Em entrevista ao Olhar do Vale a empresária contou os desafios da eleição, falou sobre a transição de governo e projeções a partir de 01 de janeiro. Confira:

Olhar do Vale: A primeira pergunta que eu quero te fazer é em relação a como você viu a sua eleição. O PSD fez frente ao PL, a gente percebe que as prefeituras que o PSD conquistou neste ano mostram essa força. Como você viu essa sua eleição aqui na cidade?

Juliana Pavan: Não foi fácil disputar e eleição contra a máquina pública, onde eles pregavam uma candidatura única de direita, onde estavam fraudando materiais, distribuindo materiais fraudados, muita perseguição e o tempo todo se referindo a nossa candidatura como uma candidatura do mal, que isso e que aquilo. Mas desde o primeiro momento eu sempre tive a certeza que nós estaríamos em uma campanha vitoriosa. Primeiro pelo fato das pessoas terem abraçado realmente o nosso projeto, terem abraçado realmente a nossa campanha, então eu vejo que desde o momento que você sente de forma natural o povo abraçando uma campanha, quando você tem as pessoas ao seu lado acredito que isso acaba fluindo de uma forma muito natural e a nossa campanha foi crescendo a cada dia, enquanto eles vinham com esses ataques, com essa forma suja de fazer campanha, nós estávamos lá fazendo uma campanha alegre, uma campanha linda, uma campanha pra frente, uma campanha preocupada realmente em mostrar propostas, até porque a própria Câmara de Vereadores ela me deu essa base, daquilo que eu poderia apresentar em uma campanha como candidata a Prefeita. Então eu não estava lá propondo algo que não fosse viável, eu estava lá lutando por aquilo que eu quanto vereadora lutei, cobrei e que não saíram do papel. Então eu vi realmente que muitas pessoas abraçaram o nosso projeto e automaticamente a resposta veio nas urnas, as pessoas estão mais politizadas do que nunca, eu vejo isso, tanto é que o alto número de abstenção que nós tivemos em Balneário Camboriú acredito que tenha sido reflexo dessa polarização que se criou em Balneário de uma campanha que era vista como continuidade do atual prefeito, onde ele parou o trabalho público em Balneário Camboriú e se dedicou único e exclusivamente para pregar ódio, raiva, mentira e tentar levar um nível de campanha muito baixa e isso faz parte do que eles representavam. E nós rebatíamos com trabalho, quando vinha tiro porrada e bomba de tudo quanto é lado, nós estávamos lá mostrando trabalho e fazendo aquilo que eu propus desde o início que era uma campanha propositiva.

Olhar do Vale: Foi uma campanha realmente que se tentou fazer de tudo e o nível foi muito baixo nesse sentido, como ter esse controle emocional para conseguir passar por isso?

Juliana Pavan: A vontade de ganhar era muito maior do que tudo que vinha e é como eu te falei, a partir do momento que as pessoas abraçam o teu projeto e que você se sente realmente acolhida por aquela coisa, acho que Deus age na nossa vida de uma forma que não tem como explicar. Então todos os momentos que vinham esse tipo de campanha suja eu me preenchia disso, que era pelas pessoas que eu estava ali, eu acredito que esse controle emocional, essa minha forma de levar com seriedade e serenidade diante de muitos ataques que vinham, eles mostravam que a minha vontade de ganhar a eleição e mostrar uma campanha propositiva era muito maior, era muito além do que eles estavam mostrando. Acredito que o meu controle tenha vindo disso sabe, muitas pessoas perguntam, mas o que que tu fazia? Nas minhas orações, pedia para Deus sabedoria, discernimento, calma, força e lá eu seguia. Confesso que teve dias que não foram fáceis e a gente é feito de carne e osso, estou aqui com duas pessoas que trabalham comigo, o Gilson trabalha comigo há 4 anos, o Edi começou a trabalhar esse ano conosco e por diversas vezes já me viram estourar, na Câmara de Vereadores, outros lugares. Mas na campanha eu consegui manter o controle, o foco, porque não é questão de “Ah, ela ia perder o controle”, não, é que eu estava tão focada em estar lá na linha de chegada e ganhar, que podia desmoronar o que estava acontecendo que eu só queria olhar para frente e ganhar a eleição. “Ah mas eles estavam no tudo ou nada”, eles foram no tudo ou nada, mas vinha um obstáculo, eu derrubava e ia, desviava do ladinho e ia, então podia vir o que fosse eu estava focada e quando você mantém foco, pode vir o que for, você tem que manter foco naquilo que você quer e aí pode demorar para chegar o resultado, ou pode muitas vezes não ser o resultado esperado, mas acredito que o foco que você tem naquilo que você quer almejar na tua vida ele faz uma diferença absurda na forma como você vai conduzir a caminhada.

Olhar do Vale: A pressão que você falou, você considera que foi maior no período eleitoral do que o que vem pra frente como prefeita?

Juliana Pavan: Acredito que sim, até porque o que vem pela frente, não é que eu sei, mas já imagino porque foi o que me motivou a estar como candidata a prefeita. Como eu te falei, estando como vereadora, eu tentei buscar algumas informações e não consegui obter todas essas informações e por não obter, eu já imagino que possa ter lá na administração e o que não foi feito. Foi isso tudo que me motivou também a estar como candidata, eu acredito que o que vier, eu estou pronta, sei que o processo para chegar a conquistar essa vitória foi árduo, difícil, mas eu sabia desde o início que não seria impossível. E os grandes desafios que nós teremos pela frente com a administração, eu estou pronta para encarar, porque eu tenho certeza que as pessoas que estarão ao meu lado, onde eu vou começar a montar a minha equipe, elas estarão também nessa sintonia de vontade de fazer acontecer, até pelo menos quem não tiver, eu troco. A gente precisa manter uma linha de trabalho responsável, sempre deixei isso muito claro e sempre pautando o nosso trabalho na transparência com as pessoas. Eu sempre deixei muito claro que o governo que nós queremos é um governo participativo, onde você precisa dialogar com as pessoas, você precisa ouvir o que as pessoas têm para dizer. O prefeito não é dono da cidade, ele é escolhido para administrar um grupo de pessoas na cidade e se nós somos escolhidos, nós precisamos prestar contas desse trabalho para as pessoas. E é isso que nós vamos fazer, trazendo as pessoas para estar juntas administrando o Balneário Camboriú.

Olhar do Vale: Embora o número de mulheres candidatas aumentou da última eleição para cá, é muito aquém ainda do que se espera de uma eleição equilibrada, digamos assim, o número de candidatos homens é muito maior. Como é que você se sente com essa conquista de ser a primeira prefeita da cidade?

Juliana Pavan: Eu vejo que a nossa vitória é um marco histórico que pode servir de inspiração também para muitas mulheres que possam ingressar na política. Por que que eu falo isso? Eu fui eleita a única vereadora nessa última legislatura, em 2020 e eu sempre busquei incentivar cada vez mais as mulheres a estarem participando ativamente da política, não somente como candidatas, mas como presidentes de associação, à frente de instituições, defendendo aquilo que elas acreditam, ouvindo o que elas tinham a dizer, nos debates, nas reuniões, incentivando a participação delas. E eu vejo que política é isso, é você dialogar, é você debater, é você expor as suas ideias, não somente como candidata. Desde o momento da eleição do dia 6 de outubro até hoje, o que teve de mulheres de outros estados, de outros municípios que entraram em contato comigo e entram em contato para falar da nossa vitória, do nosso trabalho, da nossa campanha, o reflexo da nossa campanha positiva, centrada e propositiva, ela foi muito além do estado de Santa Catarina, tem muita gente que acompanhou. Hoje eu vejo como um entusiasmo, sabe, para que nós possamos seguir nessa linha de apoio, incentivando as mulheres a ingressarem na política. Tanto é que, para o ano que vem, nós já queremos realizar um grande encontro para incentivar as mulheres a participarem da política aqui em Balneário Camboriú, independente de partido, de seus posicionamentos, enfim, mas um grande encontro para falar sobre a importância da mulher na política.

Olhar do Vale: Bom, você já montou a sua equipe de transição, que já está trabalhando, né? Como é que está o trabalho nesse momento?

Juliana Pavan: Equipe de transição sim. Então, nós buscamos chamar algumas pessoas que tenham conhecimento mais técnico de determinada área ou de gestão, porém, junto com elas tem uma equipe que dá todo o suporte, que tem um grande conhecimento também, até porque ninguém faz nada sozinho, a gente precisa ter outras pessoas que acabam nos ajudando com informações e como nós ganhamos a eleição contra uma administração que não nos apoiou, claro, isso acaba dificultando um pouco. Mas nós buscamos esse encontro com o prefeito na semana passada, onde fiz ali de 30 a 40 questionamentos iniciais, que eu vejo importante nesse momento, ter as informações o mais rápido possível, porque nós estamos falando de uma temporada de verão que vem pela frente, o Balneário Camboriú é uma vitrine para o mundo, recebe milhares de turistas. Agora, nessa semana, vai acontecer o primeiro encontro de ambas as equipes para que eles possam colocar os trabalhos literalmente na mesa, por que eu falo isso? Porque já iniciaram os trabalhos internos por parte da nossa equipe, mas agora a gente precisa buscar as informações de forma oficial até para divulgar para o Balneário Camboriú, porque eu me propus que a nossa campanha seria transparente e o nosso governo também. Então, esse processo da transição que visa trazer as informações estratégicas que vão nos nortear, que vão trazer as diretrizes que nortearão as primeiras medidas do nosso governo, precisa ser muito transparente, para que as pessoas compreendam como está a saúde fiscal do município, como está determinada pasta, até para que eles saibam o que nós vamos enfrentar. E isso eu não quero que seja visto como uma desculpa por não estar realizando determinada situação no início do governo, não, não é um governo de desculpa. É um governo pautado em resultado e para ter resultado, você precisa reorganizar a casa e a transição, ela vai nos trazer isso. Como vamos reorganizar a casa para iniciar atendendo todas as inúmeras prioridades que nós temos aí pela frente.

Olhar do Vale: E como é que foi a receptividade?

Juliana Pavan: Olha, ele só perguntou sobre a transição, só falamos sobre a transição, não falamos da eleição. E não durou acho que 10 minutos, 15 minutos, foi muito rápido. E eu também estava ali por uma única razão, que é a transição, que nesse momento é muito importante que ela aconteça de forma tranquila, de forma ágil. E foi assim, não sei da parte dele, mas eu já quando eu entrei ali eu já comecei a olhar muita coisa que acontece na prefeitura e que a partir do momento que eu entrar não vai mais ser assim.

Olhar do Vale: Por exemplo?

Juliana Pavan: Ter educação com as pessoas que você recebe no seu gabinete, independente do seu partido político, independente dos seus posicionamentos, você precisa fazer com que as pessoas se sintam tranquilas até porque a prefeitura também é considerada com a casa do povo, e é como eu te falei, o prefeito não é dono da cidade, ele é escolhido pelo povo e ele precisa realmente tratar as pessoas assim. Agora os servidores, a educação deles foi incrível, a educação, a receptividade, desde o momento que eu coloquei meus pés ali, as pessoas foram muito queridas, receptivas, os servidores da prefeitura acredito muito que eles querem isso, diálogo, eles querem atenção, eles querem ser valorizados. Uma questão que me chamou atenção foi eu entrar em uma determinada secretaria, onde eu fiquei sabendo que o prefeito nunca tinha ido ali. Gente, por favor, você tem que conversar com os servidores, você tem que visitar as secretarias, você tem que ouvir o que os servidores têm para dizer. Quem ouve mais, erra menos. Então, acredito que seja isso. Iria mudar o quê? Tu perguntou, por exemplo, a questão da participação nas secretarias, ouvir, circular pela prefeitura. E mais do que isso, as condições da prefeitura, que hoje é lamentável, o prédio da prefeitura é lamentável. Acredito que isso, acho que a questão da educação, antes que eu falei pra ti, nem vou considerar. Ele me recebeu, foi educado, mas a forma com que ele também me recebeu ficou um pouco muito seca, sabe? Mas eu não estava ali para sorrisos e abraços, eu estava ali para trabalhar e falar do que o momento necessita, que é a transição.

Olhar do Vale: Bom, você já ia adiantar que não definiu a equipe, do primeiro escalão, mas já tem alguns nomes em mente, certo?

Juliana Pavan: Temos o Carlos Humberto Silva, que é o secretário de planejamento e hoje convidei a professora Maria Ester Menegasso, que será a nossa secretária da educação. Ela está na equipe de transição e hoje eu fiz o convite para que ela possa continuar os trabalhos a partir do ano que vem como secretária de educação.

Olhar do Vale: E quais os principais desafios que você vê na gestão de uma cidade como Balneário Camboriú?

Juliana Pavan: Acredito que, por ser uma cidade que um orçamento grande a reforma administrativa é primordial, e eu vejo que é um grande desafio, ela é primordial para você reorganizar a máquina pública e atender as inúmeras prioridades que nós temos na cidade. Então, o principal desafio é implantar a reforma administrativa, que foi muito prometida nos últimos governos e, enfim, nos últimos anos, e ninguém teve coragem e competência para realmente sair do papel, tanto que neste encontro que eu tive com o senhor prefeito, um dos pedidos foi que ele encaminhasse ainda esse ano a reforma administrativa que nós estamos construindo para a Câmara de Vereadores, para que nós possamos iniciar o ano 2025 já com esta reforma sancionada, com essa lei sancionada e que possamos daí reorganizar a casa.

Olhar do Vale: E que tipo de reforma você quer fazer?

Juliana Pavan: É um modelo que vai trazer, modernizar a máquina pública, desburocratizar os serviços, alinhar alguns serviços que hoje não se conversam. Eu vou dar um exemplo, o desenvolvimento econômico com o meio ambiente é primordial andar lado a lado, tendo em vista de tudo que nós passamos nos últimos anos relacionados à poluição do rio Camboriú, dentre outras situações, você precisa alinhar o desenvolvimento econômico com o meio ambiente. Eu acredito que isso é importante, trazer a defesa civil para o gabinete da prefeita, isso é muito importante, você trazer aproximação para que você possa alinhar em situações estratégicas de prevenção, ninguém sabe o que pode acontecer no dia de amanhã, então alinhar esse trabalho de prevenção com os moradores, acredito que isso terá que estar ligado ao gabinete. Outra situação é dar mais autonomia para a prefeitura da Barra, tornar lá um distrito, onde nós temos que descentralizar serviços públicos lá para a região sul da nossa cidade que cresceu muito nos últimos anos, nós temos que ter estruturas do governo estadual lá, porque hoje os moradores lá eles tem essa carência, então transformando em distrito com certeza você vai atender ainda mais a população, com esses serviços, enfim, corpo de bombeiros, delegacia, tudo isso a gente tem essa visão lá para a região sul. Outra situação, é dar esse choque de gestão com relação aos contratos de aluguéis, que é uma torneira aberta, sem fim. Nós temos inúmeros espaços públicos que estão sendo, aliás, não estão sendo usados como deveriam e tem lá contratos com aluguéis exorbitantes e tudo isso se você não der esse choque de gestão para reorganizar, isso é dinheiro que vai, isso é dinheiro que vai e podendo ser investido em outras situações, o que mais que eu poderia mencionar, questão de fusão de algumas secretarias que poderiam acontecer e que vão acontecer. Vamos diminuir o número de secretários, hoje nós temos em torno de 31, acredito que a gente chega aí até uns 24, 25, acredito isso mais ou menos, estou aqui mas por que eu estou te falando isso? Sem muita certeza. Porque a transição vai trazer isso pra gente, não adianta eu chegar pra ti agora e falar, tal secretaria e tal vão fazer uma fusão, se eu não sei se a transição vai me mostrar isso. Então eu vejo que os próximos passos agora é acompanhar as informações estratégicas que a transição vai nos trazer, pra que nas próximas semanas eu possa direcionar e divulgar quais são as secretarias que vão fazer a fusão, quais são as secretarias que serão extintas, o secretário, a diretoria, vai acontecer. Até porque a gente precisa enxugar a máquina pública. Hoje, a condição financeira do município, apesar de ser um diagnóstico precoce, é preocupante.

Olhar do Vale: Relação com a Câmara de Vereadores?

Juliana Pavan: Vou buscar essa relação para que ela seja a mais tranquila possível e a mais próxima possível, porque temos que respeitar os 19 vereadores que foram eleitos, eles precisam ter a sua autonomia, sua independência, tanto que nesse momento eles conversam sobre a eleição da Câmara de Vereadores e em momento algum eu estou participando disso, até porque a Câmara de Vereadores tem que andar com as próprias pernas, precisamos respeitar isso, porém, irei fazer algo diferente do que o atual prefeito fez. Estarei sim mais presente nas atividades do Legislativo, você tem que respeitar essas atividades, como audiências públicas, reuniões públicas. Se você tem essas ferramentas para conversar com a comunidade, que são situações que partem muitas vezes do Legislativo, que acontecem lá dentro, o Executivo tem que estar presente. E se ele não está, ele tem que solicitar que alguém em determinada pasta possa participar. Você tem que estar atento a tudo que acontece, até porque o Legislativo e o Executivo tem que trabalhar em conjunto, assim como o Poder Judiciário, cada um com a sua autonomia, com a sua independência, mas precisam estar conversando. E me perguntam muito, mas você não tem a maioria da câmara, acredito que tudo isso é uma construção, tanto que, logo no início do governo nós queremos encaminhar um pacote de medidas de combate a corrupção e que visam trazer mais transparência nas atividades da administração pública a partir do ano que vem e que eu preciso construir isso junto com o Legislativo. Então esse diálogo aberto, essa aproximação, vai acontecer de forma natural, mas tudo isso ela é uma questão de tempo, até porque tem muitos vereadores que foram eleitos, que são partidos opositor ao meu, mas que de forma alguma isso acaba nos afastando, pelo contrário, a nossa bandeira é Balneário Camboriú.

Olhar do Vale: Seu pai ganhou em Camboriú, você aqui em Balneário, ou seja, as cidades ficam dentro do mesmo sobrenome, dentro da mesma família. Isso mostra também a força política da família. Eu gostaria que você comentasse um pouco sobre isso.

Juliana Pavan: Eu acredito que a oportunidade que a região teve nesse momento de eleger prefeitos que tenham uma aproximação é muito importante, nós estamos falando de dois municípios que ninguém vai unir os municípios, mas se você for olhar hoje, fica maior que São José que é conhecido como a quarta maior do Estado. 40 mil pessoas vão quase todos os dias de Camboriú para Balneário, então unificar esses projetos, essas ações é muito importante, a gente precisa dar um impulso, um avanço para a nossa região. São ações regionalizadas, que eu digo assim, essa conversa, esse diálogo. A questão do rio Camboriú, nós precisamos cobrar de Camboriú o esgotamento sanitário, essa obra muito importante que hoje impacta em Balneário Camboriú, poluindo nosso rio Camboriú. A garantia de Balneário Camboriú ter água parte de Camboriú, nós temos que olhar para Camboriú com outros olhos, precisamos investir nisso para garantir vida para Balneário. Questão da melhoria das vias de acesso. 40 mil pessoas, mais ou menos, vêm todos os dias de Camboriú para Balneário Camboriú para contribuir economicamente falando com o seu trabalho na nossa cidade. Então a gente tem que melhorar essas vias de acesso, assim como a questão da própria saúde, já estou cobrando de Leonel Pavan que lá em Camboriú tenha maternidade. Há oito anos não nasce uma criança em Camboriú, daí vem para onde? para o Rute Cardoso e isso acaba trazendo aquelas filas intermináveis que a gente tem, do impacto da saúde. Então, essa conversa regional, ela precisa acontecer, independente se é meu pai, independente quem for. Essa conversa regional com os municípios da nossa região, ela é muito importante sair do papel. Hoje mesmo eu estive conversando com o prefeito de uma outra cidade, onde nós mostramos a preocupação dos municípios da região em trazer essa integração de vias de acesso, de melhorias de mobilidade, de saúde. Não dá pro Rute Cardoso ficar fazendo tudo o que faz, a gente tem que dividir essa especialidade com os municípios da nossa região. Então, acredito que esse diálogo aberto e com essa aproximação, por ser meu pai, com toda a bagagem política que ele tem, as pessoas compreenderam a importância e aquele abraço que nós oficializamos o encerramento da campanha que foi na ponte que liga os dois municípios ele demonstra isso, a quebra desse muro imaginário, onde Balneário Camboriú não tinha mais olhos para Camboriú, viraram as costas para esse município que nos deu a vida, então acredito que as pessoas realmente conseguiram entender a importância de ambas as cidades andarem lado a lado, de mãos dadas, porque o crescimento de uma impacta na outra e com esse olhar de respeito pelos moradores, pela história do município, ele precisa prevalecer.

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