Estudo revela como comunidades impulsionam transição energética no Brasil e Chile

Neste episódio do Vida em Pesquisa, apresentamos o estudo do pesquisador chileno Axel González, que concluiu seu doutorado em ambiente e sociedade no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam), um órgão ligado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). González realizou um estudo comparativo abrangendo comunidades consumidoras de energia no Brasil e no Chile. A pesquisa revela como a organização em cooperativas mostrou-se essencial para as comunidades realizarem a transição energética justa nos âmbitos social e ambiental. 

Infelizmente, segundo o pesquisador, não são raros os impactos que empreendimentos geradores da chamada energia limpa, como as hidrelétricas, ainda provocam nessas áreas. A tese apresenta exemplos abarcando comunidades que promovem a transição energética em favelas do Brasil e em áreas urbanas do Chile. 

A tese de doutorado é intitulada Transição e comunidades energéticas: estudo comparativo dos casos chileno e brasileiro, González afirma ser “urgente que a transição energética esteja associada com outras transições maiores que realmente mudem a forma das sociedades se relacionarem com a energia. A partir dos casos chileno e brasileiro, é possível ver que as comunidades energéticas, mais especificamente, no seu formato de cooperativas, podem estimular não apenas uma transição mais justa, senão que também uma mais democrática e inclusiva”.

No momento em que formas renováveis de energia estão no foco da transição energética, a pesquisa de González e dos demais colaboradores ressalta ainda que nem sempre os grandes empreendimentos, financiados pelo governo e por grupos econômicos, consideram a participação dos moradores como atores do processo de transição. A ausência deles nas tomadas de decisões e a falta de engajamento comunitário inibem ainda mais o acesso às formas de gerar energia a partir de fontes renováveis.  

Assista ao programa:

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