Polícia analisa armas de PMs envolvidos em tiroteio durante festa junina

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apreendeu as armas dos policiais militares envolvidos em um tiroteio durante uma festa junina na comunidade do Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio, na noite desta sexta-feira (6). A troca de tiros, que aconteceu durante uma operação emergencial na comunidade, resultou na morte de um jovem de 24 anos e feriu outras cinco pessoas, incluindo um adolescente.

Segundo a Polícia Civil, as armas dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que estavam participando da ação, serão submetidas a exames periciais para determinar de onde partiu o disparo que atingiu Herus Guimarães Mendes da Conceição. A Polícia Militar declarou que está “colaborando integralmente com os procedimentos” e informou que o comando do Bope também iniciou uma apuração interna sobre o incidente.

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No sábado (7), investigadores da DHC realizaram a perícia no local onde Herus foi baleado, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A ação foi acompanhada de perto por moradores e amigos do jovem, que se reuniram nas ruas do Morro do Santo Amaro desde a tarde, com faixas e cartazes em protesto pela morte.

Além da Polícia Civil, o caso está sendo monitorado pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público do Rio (GAESP/MPRJ), que foi previamente informado sobre a operação realizada na região.

Relembre o caso 

De acordo com relatos, na noite de sexta-feira (6), estava sendo realizada uma apresentação de quadrilhas juninas no Morro do Santo Amaro, com a participação de crianças e famílias da comunidade. A festa contou com a presença de grupos de quadrilheiros de diversas cidades do Rio. Durante uma das apresentações, enquanto moradores dançavam um tiroteio começou, gerando pânico e correria entre os presentes.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram cenas de pânico, com pessoas correndo e se jogando no chão para se proteger. Há relatos de pessoas pisoteadas na tentativa de fugir dos tiros. Em outros vídeos, moradores aparecem entrando em casas para se abrigar dos disparos.

“Parecia uma cena de guerra, um filme de terror. A gente só queria dançar e celebrar a cultura”, disse outra moradora, emocionada.

Na troca de tiros, Herus Guimarães Mendes da Conceição foi atingido e, em estado grave, foi levado ao Hospital Glória D’Or, também na Zona Sul do Rio. A unidade hospitalar informou que, apesar de intensas tentativas de reanimação, o jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu. 

O corpo do jovem foi velado neste domingo (8), a partir das 11h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Além de Herus, outras cinco pessoas ficaram feridas no confronto, incluindo um dançarino de São Gonçaolo de 16 anos.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, até o domingo, apenas uma pessoa permanecia internada, com quadro estável, no Hospital Municipal Souza Aguiar, enquanto os outros feridos já haviam recebido alta médica.

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