Desbancarização: ex-gerentes bancários migram para gestoras de FIDCs e aceleram crescimento

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A desbancarização no Brasil, um movimento que vem tomando força nos últimos anos, tem reformulado a lógica do sistema financeiro tradicional, especialmente no crédito. Com a taxa Selic ainda em patamares elevados, atualmente em 14,75%, e com o custo médio do crédito empresarial alcançando 24,2% ao ano nos grandes bancos, muitas empresas estão em busca de alternativas mais acessíveis e eficientes fora do modelo bancário convencional.

Esse movimento tem atraído, também, profissionais experientes do setor bancário que veem nos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) uma oportunidade estratégica para a sua carreira. Nesse novo cenário, gestoras como a Multiplike têm sido destinos ideais para esses ex-gerentes bancários, que encontram na migração para o setor privado maior autonomia, flexibilidade, e, claro, maiores rendimentos.

Mercado de FIDCs: uma alternativa sólida e escalável ao crédito bancário tradicional

O CEO da Multiplike, Volnei Eyng, afirma: “O que estamos vendo é uma reconfiguração do papel do profissional de crédito no Brasil. O mercado de capitais está absorvendo o espaço que antes era dominado pelos bancos, e profissionais experientes estão buscando novas formas de atuação com mais liberdade, rentabilidade e impacto direto no negócio”. Esse movimento reflete uma transição estrutural importante, em que as gestoras de FIDCs estão se consolidando como alternativas sólidas e escaláveis ao crédito bancário.

A Multiplike, que registrou um aumento de 60% em sua equipe comercial em 2024, já conta com cerca de 70 executivos comerciais espalhados por todo o Brasil, com previsão de crescimento de 30% até 2025. Segundo Eyng, esses profissionais, anteriormente limitados às rígidas estruturas dos bancos, agora podem alcançar resultados até quatro vezes maiores, com maior autonomia comercial, comissionamento direto por operação e a possibilidade de atuar em diferentes regiões e setores.

Crescimento do crédito privado e a descentralização do sistema bancário

A migração do crédito bancário público para fontes privadas é um reflexo da queda da participação de bancos públicos, como o BNDES, no financiamento empresarial. De acordo com os dados, a participação do BNDES no PIB de crédito caiu de 3,2% em 2012 para apenas 1% em 2022. Em contrapartida, as captações de empresas no mercado de capitais cresceram significativamente, passando de 3,4% para 5,5% do PIB, com previsão de atingir 10% até 2027.

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