ES registra primeira morte por Febre Oropouche em 2025; outras duas mortes suspeitas são investigadas


Morte aconteceu em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, em 16 de janeiro, mas só foi confirmada em 20 de maio. Vítima tinha 52 anos e tinha histórico de hipertensão e cardiopatia. Oropouche provoca uma morte no estado e dois casos suspeitos são investigados
O Espírito Santo registrou a primeira morte por Febre Oropouche de 2025. O caso aconteceu em Colatina, na Região Noroeste do estado, em 16 de janeiro, mas só foi confirmado nesta terça-feira (20). Segundo a Secretaria estadual de Saúde, a vítima tinha histórico de hipertensão e cardiopatia.
📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp
A Febre do Oropouche é uma doença causada por vírus transmitido pelo mosquito “maruim”, muito comum em lavouras e produções de café. Os primeiros casos no estado foram registrados em abril de 2024. A taxa de letalidade é de 0,01%, de acordo com a Sesa.
Os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, como febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, tontura, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, náuseas e vômito.
Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo
Dive/Divulgação
LEIA TAMBÉM
ES registra primeira morte por Febre Oropouche; caso é o 4° confirmado no país
ES é responsável por 99% por casos de Febre do Oropouche no Brasil
Pesquisa testa inseticida para auxiliar no controle do mosquito que transmite a Febre Oropouche
Somente em 2025, já são 6.524 casos confirmados de Febre Oropouche no Espírito Santo. No ano anterior, em 2024, foram 5.528 casos.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Cardoso, outras duas mortes estão sendo investigadas, mas o processo de verificação é demorado.
“Passa por um processo rigoroso de investigação, o resultado [do caso de janeiro] só saiu agora, porque ele vem tanto para o laboratório central, quanto para o serviço de verificação de óbito e ainda vai para o Instituto Evandro Chagas, que fica no Pará”, explicou.
Em janeiro deste ano, o estado chegou a despontar como responsável por 99% dos casos no país. Por causa disso, a cidade de Alfredo Chaves, na Região Serrana, que tinha a maioria dos casos, virou objeto de estudo de uma pesquisa nacional inédita.
O objetivo da pesquisa é reduzir a densidade vetorial do mosquito e auxiliar no controle do maruim e da doença em todo o Brasil. Para isso, além da coleta de animais, inseticidas estão sendo testados para garantir se podem ser utilizados em larga escala.
Onze pesquisadores estiveram examinando as comunidades alfredenses mais afetadas pelo inseto, na última semana de março.
“Através dessas informações podemos avançar na estruturação da Vigilância do Oropouche, adotar medidas mais efetivas de controle do vetor e, consequentemente, diminuir o número de casos da doença e melhorar o bem estar da população que tem sofrido bastante com a alta infestação”, informou a Prefeitura de Alfredo Chaves.
Orientações para a população
As principais recomendações para enfrentar a infestação de maruins, especialmente em áreas rurais, envolvem medidas preventivas. São elas:
Fazer a remoção de detritos e matéria orgânica ao redor das residências, a poda de árvores para manter os espaços mais ventilados e secos, além do afastamento de materiais que possam servir de abrigo para o mosquito.
Usar roupas de manga longa que cubram pescoço e orelhas, aplicação de repelente, e maior atenção nos períodos da manhã e tarde, que são os horários de maior atividade do inseto.
Gestantes devem ter atenção especial para evitar o risco de transmissão vertical, utilizando roupas de manga longa, repelente e permanecendo em locais protegidos, como dentro de casa.
Instalar telas com malha de 1,5 a 3mm, já que o maruim é extremamente pequeno, cerca de 20 vezes menor que o Aedes aegypti.
Evitar água parada e a formação de lama, que servem como locais para a deposição dos ovos. É necessário remanejar chiqueiros e áreas propícias à proliferação.
A Febre do Oropouche é uma doença de transmissão vetorial. Controlando a população de vetor, controla-se a transmissão da doença.
Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
Adicionar aos favoritos o Link permanente.