Correspondente bancário tem prisão preventiva decretada por desvio de quase R$ 800 mil

O correspondente bancário vinculado a um banco no município de Olho D’Água das Flores, no Sertão de Alagoas, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após ser denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações e falsidade ideológica qualificada.

O MPAL, por meio da promotoria de Justiça da cidade, ofereceu a denúncia e o pedido de prisão. O homem é acusado de desviar o valor de R$ 723.828,00 mil das contas de 67 clientes, de uma instituição financeira situada no município. Também foi acatado o pedido do sequestro e a indisponibilidade de todos os bens do denunciado.

O promotor de Justiça Alex Almeida espera que, com a prisão e os bloqueios dos bens, os clientes consigam recuperar os valores das suas contas. “O Ministério Público acredita que com a prisão e o confisco dos bens as pessoas lesadas podem ser ressarcidas, exista uma reparação dos danos, porque os crimes cometidos são muito graves. Não daria, portanto, para tratarmos a ação criminosa como um estelionato. Temos 67 pessoas que tiveram suas contas invadidas, valores subtraídos, alguns chegando a vinte e trinta mil. No entanto, não importa se foi alto ou baixo, não era dele, e não tinha o direito de falsificar assinaturas, fazer transferências, sem falarmos que traiu a confiança do banco”, ressalta o promotor.

Sobre o sequestro e a indisponibilidade de todos os bens e ativos financeiros pertencentes ao denunciado, o promotor de Justiça pediu, em especial, que fossem bloqueados valores localizados em contas bancárias, bens móveis e imóveis, veículos, criptoativos e quaisquer recursos destinados à jogatina eletrônica.

Relembrando o caso

Conforme o constatado durante as investigações, aproveitando-se da função exercida, o correspondente bancário acessava as contas dos clientes, realizava transferências sem autorização, contratava empréstimos fraudulentos e inseria dados falsos no sistema informatizado da instituição, em alguns casos falsificando ideologicamente declarações e autorizações digitais, de forma tão convincente que atingiu o quantitativo alto de desvios sem levantar qualquer suspeita. O agravante é que entre os alvos estão 17 idosos entre 62 e 83 anos.

A ação penal é de autoria do promotor de Justiça Alex Almeida que, ao elaborar a denúncia, considerou a prática do denunciado como extremamente grave.

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