Bolsa brasileira bate novas máximas; Até onde vai o Ibovespa?

O Ibovespa, principal índice da B3, registrou nesta terça-feira (13) duas novas marcas históricas. Às 16h18, atingiu 139.418 pontos, o maior patamar intradiário de sua história, superando o recorde anterior de 137.634 pontos registrado na semana passada. No encerramento do pregão, o índice também estabeleceu nova máxima de fechamento, aos 138.963 pontos.

O movimento reflete um ambiente de maior apetite ao risco global e uma percepção de valorização mais racional dos ativos brasileiros. Segundo Marco Saravalle, economista-chefe da MSX Investimentos, o avanço do índice pode ser atribuído à combinação entre fatores internacionais e condições locais mais favoráveis.

“O Ibovespa estava muito descontado, com múltiplos muito baixos. O que a gente está vendo agora no Brasil e no mundo é uma menor aversão a risco, e o Brasil está se beneficiando desse cenário”, explica Saravalle.

Apesar do otimismo, o economista chama atenção para a composição desse movimento. Segundo ele, o investidor local ainda está pouco posicionado na Bolsa. “Quem está aproveitando, se beneficiando, é principalmente o investidor estrangeiro”, afirma.

Do lado doméstico, Saravalle destaca a mudança na perspectiva da política monetária como uma peça-chave para essa virada. “Estamos potencialmente começando a discutir uma redução do ciclo de aperto monetário. Chegou-se a precificar uma Selic próxima de 16% no final do ano passado. Esse exagero foi corrigido”, avalia.

Para o especialista, a alta recente dos preços das ações já reduziu boa parte das distorções do mercado observadas no fim de 2024. “Aquela grande assimetria, aquele grande desconto excessivo que existia, foi bem reduzido. Algumas empresas até reduziram o potencial de valorização depois das altas recentes”, observa Saravalle.

Ele acrescenta que os preços dos ativos estão sendo influenciados muito mais por uma redução da percepção de risco e, portanto, da taxa de desconto de longo prazo, do que por uma revisão significativa de expectativas de receita e lucro.

O mercado agora passa a discutir até onde o Ibovespa pode ir, com investidores atentos à dinâmica entre crescimento de lucros, movimento de juros e fluxo estrangeiro. Para Saravalle, a continuidade desse ciclo dependerá da manutenção de um ambiente de menor aversão ao risco e da estabilização do cenário fiscal brasileiro.

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