EUA e China reduzem tarifas por 90 dias

Estados Unidos e China decidiram suspender temporariamente a maior parte das tarifas impostas um ao outro por um período de 90 dias. A medida, anunciada após reuniões entre autoridades dos dois países em Genebra, busca reduzir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Os dois países concordaram em reduzir as tarifas de 125% para 10%, patamar considerado básico e que os Estados Unidos já aplicam a outras nações. No entanto, os Estados Unidos manterão a tarifa adicional de 20% sobre produtos chineses, relacionada à crise do fentanil. Com isso, os Estados Unidos aplicarão uma tarifa total de 30% sobre os produtos chineses.

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Pixabay

De acordo com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, os dois lados vão reduzir as tarifas recíprocas em 115% durante o período de trégua. A suspensão começa a valer nesta quarta-feira (14), e os dois governos se comprometeram a manter as conversas sobre políticas econômicas e comerciais.

Redução temporária nas tarifas entre os países

A trégua representa um alívio para empresas americanas que dependem de fabricantes chineses. Diversas companhias, como Apple e Google, já haviam iniciado processos para transferir a produção para países como Índia, Brasil e Vietnã, com o objetivo de minimizar os impactos das tarifas elevadas.

Acordos anteriores entre as duas potências não evitaram medidas unilaterais nos últimos meses. Desde janeiro, o presidente Donald Trump intensificou tarifas sobre produtos chineses, chegando a 145% em alguns casos. Pequim respondeu com restrições próprias, inclusive sobre elementos de terras raras, fundamentais para a indústria tecnológica.

CNN

O anúncio da redução temporária das tarifas provocou impacto imediato nos mercados. Nos Estados Unidos, futuros da Nasdaq subiram 3,7%, enquanto o índice S&P 500 avançou 2,7% e o Dow Jones registrou alta superior a 840 pontos. O dólar americano também se valorizou frente a outras moedas, refletindo o otimismo dos investidores.

Especialistas apontam que o corte nas tarifas não representa o fim do conflito comercial, mas sinaliza uma mudança de tom. Mark Williams, economista da Capital Economics, considera o acordo uma “desescalada substancial”, mas alerta que os EUA continuam mantendo tarifas mais altas sobre a China do que sobre outros países.

Fonte: Neowin

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