Uma empresa bielorrussa avança na modernização dos sistemas de mísseis antiaéreos Pechora-2BM das Forças Armadas de Cuba

No início deste mês de maio, a empresa bielorrussa “ALEVKURP” publicou um comunicado de imprensa no qual confirmou os avanços na modernização de um sistema de mísseis antiaéreos S-125-2BM “Pechora-2BM”. O dado mais marcante foi a menção de que os testes realizados ocorreram em um “…país amigo no Caribe”, dando a entender, graças às imagens divulgadas, que os sistemas atualizados pertencem às Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.

Atualmente, focando nos países da região do Caribe, os dois únicos operadores do sistema de mísseis antiaéreos Pechora (designação OTAN SA-3 Goa) são a República Bolivariana da Venezuela e Cuba, tendo como principal diferença a plataforma utilizada para sua operação. No caso da Força Armada Nacional Bolivariana, esta emprega o sistema montado em caminhões 6×6 Volat, enquanto as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba operam seus sistemas Pechora montados sobre chassis de tanques T-55, conforme se pôde observar nas fotografias divulgadas pela empresa bielorrussa em 2 de maio.

Embora o comunicado oficial não forneça maiores detalhes, os trabalhos de modernização dos sistemas S-125-2BM teriam sido realizados em conjunto com especialistas da Universidade Estatal Belspetsvneshtechnika, sendo validados com a realização de diversos testes de lançamento contra alvos aéreos, indicando que um total de quatro mísseis foi disparado, todos atingindo com sucesso seus alvos.

A empresa também acrescentou: “Os testes de tiro confirmaram as características declaradas do sistema ‘Pechora-2BM’, sendo esta a sétima unidade do modelo”.

Projetado e originalmente produzido pela União Soviética, o S-125 Neva/Pechora é um sistema de defesa aérea de curto alcance ainda utilizado por diversos países. Apesar de ter passado por diferentes atualizações e variantes, o sistema pode ter uma segunda vida útil ao enfrentar novas ameaças aéreas, como veículos aéreos não tripulados.

Entretanto, sem mais informações fornecidas pela empresa responsável pela modernização dos sistemas cubanos, não é possível inferir o tipo exato de melhorias realizadas, presumindo-se também que os mísseis possam ter passado por processos de recertificação para garantir sua operação dentro do sistema de defesa aérea de Cuba.

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