Muito além do Windows! Mudanças internas na Microsoft e estratégias do Nadella

Em fevereiro de 2014, a Microsoft iniciou uma das viradas mais impressionantes da história corporativa recente ao anunciar Satya Nadella como seu novo CEO. Um executivo indiano, com mais de duas décadas de experiência na empresa, assumia o comando em um momento de estagnação.

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Na época, a Microsoft estava com valor de mercado na casa dos 300 bilhões de dólares. Onze anos depois, em 2025, essa cifra ultrapassa os 3 trilhões — reflexo direto de uma profunda mudança de cultura, estratégia e posicionamento.

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Microsoft estagnada

Naquele momento, apesar de manter boas receitas, a Microsoft enfrentava dificuldades para inovar e acompanhar os novos protagonistas do Vale do Silício. Aquisições ineficazes, lançamentos fracassados e uma cultura interna altamente competitiva e fragmentada freavam o potencial de inovação. O foco excessivo em produtos como Windows e Office impedia a adaptação da empresa a um novo cenário digital, em que a mobilidade, a nuvem e a experiência do usuário assumiam o protagonismo.

A resposta de Nadella foi clara: reposicionar a Microsoft como uma empresa orientada por propósito, colaboração e agilidade. Assim, ele reformulou a missão institucional para “empoderar cada pessoa e organização no planeta a alcançar mais”. Com isso, ele estabeleceuo uma cultura corporativa baseada em aprendizado contínuo, abertura à experimentação e foco genuíno nas necessidades dos clientes.

Decisões ousadas

Com decisões ousadas, Nadella priorizou a computação em nuvem com o Azure, reposicionou a divisão de jogos e fortaleceu a presença da empresa em plataformas não-Windows. A estratégia de oferecer o Azure gratuitamente a startups, por exemplo, foi fundamental para a rápida expansão da plataforma.

Ele também orientou a aquisição de empresas estratégicas como a Bethesda, a Activision e a OpenAI — da qual a Microsoft detém hoje 49% — consolidou uma abordagem mais aberta, interoperável e voltada para o futuro. A eliminação do sistema de ranqueamento de desempenho, a simplificação das estruturas decisórias e o incentivo à colaboração transformaram a dinâmica interna.

Os resultados confirmam a eficácia dessa nova abordagem. No primeiro trimestre de 2025, a Microsoft registrou receita de US$ 70,1 bilhões (+13% em relação ao ano anterior), lucro operacional de US$ 32 bilhões (+16%) e aumento de 18% no lucro líquido. A dependência do Windows foi significativamente reduzida. Hoje, a Microsoft se apresenta como uma companhia centrada em nuvem, inteligência artificial e soluções integradas — reflexo direto da liderança de Nadella.

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