Nota de repúdio dos lojistas afetados pela queda da marquise

Existem dois sentimentos muito intensos decorrentes da situação: o de desleixo e o de injustiça.
Cansados de aguardar um retorno amigável, tanto da Construtora Sotrin quanto da Administradora Adicon, e com base nos dois laudos técnicos emitidos sobre o incidente, o entendimento dos lojistas afetados pelo evento sinistro é o de que ambas são responsáveis — a Sotrin, pela execução da obra da marquise, e a Adicon, pela manutenção inadequada da mesma.

Mesmo diante dos laudos técnicos, houve inércia de ambas as instituições. Os lojistas ficaram entre 16 e 25 dias impedidos de trabalhar, tendo, no entanto, que continuar arcando com suas obrigações financeiras, como o pagamento de despesas correntes, salários de funcionários e demais compromissos da mesma natureza. A interrupção das atividades resultou em atrasos nos pagamentos, acarretando juros, multas e grande constrangimento junto a clientes e fornecedores.

Passaram-se meses e foram realizadas inúmeras tentativas extrajudiciais de resolução do conflito, com o objetivo de viabilizar uma solução consensual para o ressarcimento dos prejuízos causados pelo desabamento da estrutura. No entanto, apesar da boa-fé e da disposição dos lojistas em evitar a judicialização da demanda, todas as tratativas foram infrutíferas, tornando inevitável o ajuizamento da ação para assegurar a devida reparação pelos danos materiais e morais sofridos.

A marquise caiu e não foi recolocada — situação que, para as empresas responsáveis, mostrou-se mais fácil, prática e menos dispendiosa. No entanto, ignoraram a série de problemas causados àqueles que ali mantêm seus comércios, trabalham e tiram seu sustento. A medida foi completamente incompleta, deixando um rastro de consequências, como a poeira residual, que ainda hoje cai sobre o local; a entrada intensa de luz solar, especialmente no verão — o que danifica e deprecia os produtos, em especial os sensíveis à luz, como lentes oculares; as altas temperaturas resultantes da falta de proteção; e a entrada de água durante chuvas torrenciais, entre outros transtornos e inconveniências.

O prédio foi construído pela Construtora Sotrin Ltda., sob responsabilidade técnica da engenheira civil Eduarda Carlesso Trindade, conforme as anotações registradas junto ao CREA, e era administrado pela empresa ADICON Administradora.

Uma das lições mais importantes ao se fazer negócios é observar como as corporações se comportam diante de suas responsabilidades. Antes de contratar serviços, é fundamental avaliar a conduta da empresa contratada diante de situações adversas. Esse episódio deve servir de alerta a todos que pretendem realizar negócios com tais empresas: se algo sair errado, o dano será grande e o retorno
será vago.

Alegrete, 05 de maio de 2025.

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