Juros altos e dívida recorde: investidor deve repensar portfólio

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O cenário macroeconômico brasileiro permanece marcado por juros elevados e risco fiscal crescente, o que exige atenção redobrada dos investidores. A análise é de Alex André, economista, em entrevista ao programa BM&C News.

Segundo ele, o fim do ciclo de alta dos juros ainda está distante, conforme apontado por membros do Banco Central. “O Galípolo já sinalizou que não há espaço para uma pausa. E enquanto isso, a inflação segue pressionada“, destacou.

Além disso, ele alerta para os efeitos indiretos do tarifário de Trump e das pressões inflacionárias nos Estados Unidos. “A inflação lá pode se manter elevada, o que sustenta juros altos globalmente e afeta o Brasil.

Juros pressionem empresas: geração de caixa já não cobre dívidas

Alex cita um estudo da Álvarez & Marsal que projeta um impacto de R$ 126 bilhões em juros adicionais para empresas até 2030, sendo que 50% das companhias listadas já não conseguem pagar suas dívidas com o próprio caixa.

Empresas como CSN, Braskem e outras gigantes estão entre as mais alavancadas. Se essas estão sofrendo, imagine o impacto sobre pequenas e médias empresas“, alertou.

Além disso, mais de 60% das empresas têm dificuldade para rolar dívidas, um sinal claro da deterioração das condições financeiras do setor corporativo.

Arcabouço fiscal é insustentável, segundo Tebet

O economista reforça que os problemas não são apenas conjunturais, mas também estruturais. Ele citou a própria ministra do Planejamento, Simone Tebet, que reconheceu publicamente a inviabilidade do arcabouço atual a partir de 2027.

Temos dois anos de um arcabouço fiscal que já nasceu inconsistente. Independentemente do governo, ele não se sustenta”, afirmou.

Alex também criticou a condução econômica do governo, classificando-a como “negacionismo econômico”. Para ele, o discurso oficial ignora a realidade dos indicadores fiscais e do endividamento público.

Medidas artificiais e populistas agravam o quadro

Na avaliação do economista, o governo tem tentado estimular o consumo com medidas pontuais, como expansão do crédito consignado, Vale Gás e subsídios na conta de luz, o que apenas posterga os desequilíbrios fiscais.

Estão pedalando o problema para frente. Isso gera uma bomba maior no futuro”, afirmou.

Alex também criticou a proposta de aumentar a carga tributária, especialmente sobre o capital produtivo. Ele comparou a situação com países como a França, onde a tributação sobre super-ricos levou à fuga de capitais

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