Temperatura beira os 40°C e cidade alagoana registra sequência de calor extremo

A cidade de Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas, vem convivendo com uma sequência de dias com calor intenso em pleno outono. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mostram que há pelo menos 6 dias os termômetros da cidade, que fica às margens do Rio São Francisco, estão registrando a maiores máximas do país.

Informações coletadas pelos medidores de temperatura do órgão nesta terça-feira, 29, também revelaram que houve uma escalada de temperatura em Pão de Açúcar nos últimos dois dias. A máxima coletada na tarde hoje no município foi de 39,9°C. Até o momento, essa foi a temperatura mais alta registrada no estado durante o outono de 2025.

Nessa segunda-feira, 28, Pão de Açúcar já havia registrado 38,2°C. Se comparado com os dados divulgados pelo INMET até a última sexta-feira, 25, a cidade registrou um aumento de mais de 2°C na temperatura.

Calor fora de época e tempo seco no outono preocupam meteorologistas

Os dias consecutivos de calor intenso e tempo seco em pleno outono têm chamado a atenção de especialistas de Alagoas. Regiões do estado devem registrar máximas de 40°C nos próximos dias — temperatura acima da média para essa época do ano.

De acordo com o meteorologista Vinícius Pinho, coordenador da Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), o fenômeno não é comum para esta época do ano, quando historicamente acontece uma transição do verão para o inverno e é registrado temperaturas mais amenas.

— Estamos sob influência de uma massa de ar quente e seca. Os próximos dias devem ser de altas temperaturas e de baixa umidade em algumas regiões do estado. Não é comum temperaturas acima da normalidade para essa época do ano. Estamos presenciando um veranico, que é são esses dias consecutivos de calor, há alguns dias em Alagoas. Devemos ter um recorde de temperatura para essa época do ano. No sertão, podemos registrar máximas de até 40°C e umidade abaixo de 30% —, disse Pinho.

Ainda segundo o meteorologista, a sequência de dias quentes e tempo seco registrada neste outono está ligada diretamente às mudanças climáticas e pode se tornar recorrente nos próximos anos.

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