Alerta em Santa Catarina: Casos de Dengue e Chikungunya disparam e nove mortes são confirmadas

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), divulgou um novo Informe Epidemiológico, atualizando os números das arboviroses no estado até o dia 21 de abril. O relatório aponta para um aumento expressivo no número de casos de dengue e chikungunya nas últimas semanas, acendendo um alerta para a população sobre os riscos de propagação das doenças.

Crescimento de casos

De acordo com a SES, foram identificados 32.833 focos do mosquito Aedes aegypti em 250 municípios catarinenses. Esse número reflete a infestação do vetor em 178 dos 295 municípios do estado, indicando uma propagação significativa. Além disso, o informe registra 54.370 notificações de dengue, com 16.543 casos classificados como prováveis.

Em relação à classificação de “casos prováveis”, a SES explica que este conceito foi adotado desde 2024 e engloba casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos, exceto aqueles descartados. Essa metodologia tem como objetivo oferecer uma visão mais precisa da evolução epidemiológica, corrigindo possíveis atrasos nas notificações.

O número de óbitos também preocupa. Até o momento, cinco mortes por dengue foram confirmadas em Santa Catarina, com o mais recente caso registrado em Itapema, onde uma mulher de 61 anos faleceu no dia 8 de abril. Sete óbitos seguem em investigação. Já em relação à chikungunya, foram confirmados quatro óbitos, sendo o primeiro em Florianópolis, no início do ano, e outros três em Xanxerê. Um óbito adicional está sendo investigado.

O informe também revela que os casos de chikungunya tiveram um aumento alarmante, com 1.427 notificações, sendo 707 consideradas prováveis e 510 confirmadas. Comparando com o mesmo período de 2024, o aumento foi de 762,2%. O sorotipo DENV2, responsável pela dengue, é o predominante no estado, com alguns municípios registrando a circulação do DENV3, um sorotipo autóctone identificado este ano.

Prevenção

Com o aumento no número de casos, as autoridades sanitárias reforçam a necessidade de medidas preventivas. A população é orientada a eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e buscar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas como febre, dor no corpo e nas articulações, típicos de ambas as doenças. Além disso, os serviços de saúde seguem monitorando e investigando todos os casos, a fim de conter a disseminação do vírus.

O informe, que é publicado a cada 15 dias, fornece um panorama detalhado sobre a situação das arboviroses no estado e serve como um importante instrumento para direcionar as ações de controle e prevenção da dengue, chikungunya e Zika.

Diante desse cenário, é fundamental que a população colabore para reduzir os focos de proliferação do mosquito e prevenir a expansão dessas doenças.

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