Câmara aprova voto de pesar pela morte do Papa Francisco

Requerimentos foram apresentados por deputados de partidos da esquerda e da direita e destacaram legado do pontífice. Papa morreu aos 88 anos, nessa segunda-feira (21). A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) um voto de pesar pela morte do Papa Francisco.
Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos na segunda-feira (21) após sofrer um AVC e uma parada cardíaca em seu apartamento na Casa de Santa Marta, segundo o Vaticano.
O pontífice se recuperava de uma pneumonia bilateral que o deixou internado durante 38 dias entre fevereiro e março deste ano. Ele morreu um mês após receber alta.
Fiéis participam de missas em homenagem ao Papa Francisco em várias capitais
O voto de pesar é um instrumento previsto no regimento no caso de:
falecimento de chefe de Estado estrangeiro;
congressista de qualquer legislatura;
de quem tenha exercido os cargos de presidente ou vice-presidente da República;
presidente do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior;
ministro de Estado;
governador de Estado, de Território ou do Distrito Federal;
e como manifestação de luto nacional oficialmente declarado.
“Em espírito de oração, esperança e fé rendemos graças a Deus pelo dom da vida de Francisco nos comprometendo a continuar promovendo, na vida pública, os valores que ele incansavelmente reiterou: a dignidade inviolável da vida humana, o clamor da justiça e do bem comum, a sacralidade do matrimônio e da família, a Igreja em saída, o primado absoluto de Deus em todas as coisas”, afirmou o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), autor de um dos requerimentos aprovados.
No total, foram aprovados seis requerimentos em homenagem ao Papa protocolados por vários deputados, que vão do PL ao PSOL.
Todos foram aprovados de forma unânime, em votação simbólica.
“A morte de Sua Santidade, o Papa Francisco, é motivo de pesar profundo não apenas para a Igreja Católica, mas para todos os que acreditam na dignidade humana, na justiça social e no cuidado com a Casa Comum. Francisco — nascido Jorge Mario Bergoglio — foi um pastor do povo, um papa das periferias, um profeta do nosso tempo”, afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Já o deputado Pedro Campos (PSB-PE) disse que a voz do pontífice “ecoou em defesa dos mais vulneráveis, dos refugiados, dos imigrantes e de todos aqueles que sofrem com a pobreza e a exclusão social”.
“Ele foi um incansável defensor dos direitos humanos e da justiça social, e com isso procurou construir um mundo mais justo e fraterno”, destacou o parlamentar.
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