Preso grupo que mataria homem na rua para transmitir na internet

Três homens foram presos e um menor apreendido, na manhã deste domingo (20), por suspeita de planejar um ataque a um homem em situação de rua, que seria transmitido ao vivo pela internet em troca de dinheiro. A Operação Desfaçatez, da Polícia Civil evitou o crime a tempo após investigações que envolveram diversas frentes da segurança pública.

A ação foi realizada nos bairros de Vicente de Carvalho, na Zona Norte, e Bangu, na Zona Oeste do Rio. Segundo as autoridades, o crime estava programado para ocorrer justamente neste domingo, data que marca o aniversário de nascimento de Adolf Hitler, o que reforça o caráter extremista do grupo envolvido.

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As investigações revelaram que os suspeitos participavam de uma rede criminosa organizada em plataformas digitais, como o Discord, onde eram promovidas práticas de maus-tratos a animais, indução à automutilação, estupro virtual, racismo e incitação à violência contra minorias.

Entre os alvos da operação, está Bruce Vaz de Oliveira, conhecido como Jihad, apontado como o criador e moderador do servidor onde os crimes eram discutidos e praticados. Em redes sociais, ele se apresentava como ativista ambiental, mas a polícia afirma que ele liderava sessões de tortura e morte de animais, incluindo um caso em que um gato teve a pele retirada até morrer.

Também foram presos:

Kayke Sant Anna Franco, conhecido como Fearless, acusado de planejar o ataque ao morador de rua. Ele responde por maus-tratos a animais, indução à automutilação, estupro, pichação, incitação ao crime e corrupção de menores.

Caio Nicholas Augusto Coelho, o Sync, investigado por racismo, maus-tratos a animais, corrupção de menores e associação criminosa. Ele teria incitado diretamente crimes contra moradores de rua e participado de sessões de tortura transmitidas online.

A operação contou com a atuação integrada de agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da 19ª DP (Tijuca), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), e do Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em domicílios dos suspeitos, com o objetivo de recolher computadores, celulares e dispositivos de armazenamento que possam conter provas da atividade criminosa.

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