Formandos surpreendem zelador de universidade do Paraná escolhendo ele como nome de turma: ‘Carinho grande’


Manoel Cassiano Nascimento Filho, conhecido como “Cubano”, trabalha há 30 anos na Universidade Estadual de Londrina. Ele foi escolhido por unanimidade e competiu com professores do curso e um técnico de laboratório. Formandos surpreendem zelador de universidade do PR escolhendo ele como nome de turma
O zelador Manoel Cassiano Nascimento Filho, de 68 anos, carinhosamente conhecido como “Cubano”, foi homenageado por formandos do curso de engenharia elétrica da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os estudantes escolheram o amigo como nome de turma, por ter os acompanhado com muito carinho durante os cinco anos da graduação pelos corredores da universidade.
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Cubano trabalha na UEL há pelo menos 30 anos. Ele é concursado e se formou em arquivologia. Contudo, teve pouco espaço na área escolhida e decidiu permanecer como zelador na universidade, onde cuida de 140 salas do Centro de Tecnologia e Urbanismo.
Segundo a engenheira eletricista, Isadora Martines, a ligação entre Cubano e a turma começou logo no primeiro ano de curso, durante a aula de trote.
“Nela, eles fingem que o Cubano é um professor, ele entra e dá um ‘sustão’ e é um professor super bravo, que grita e reclama de gente atrasada. Foi nesse momento que eu conheci ele. Mas a nossa primeira interação, a gente tava sentado no corredor , esperando uma aula e a gente começou a conversar e ele passou a ser nosso amigo”, contou.
Cubano foi escolhido como nome da turma de engenharia elétrica da UEL.
RPC
Para ser o nome da turma, Cubano competiu com todos os professores do curso e com um técnico de laboratório. Um formulário com os candidatos à homenagem foi passado entre todos os estudantes da sala e o zelador foi escolhido por unanimidade.
A formatura aconteceu neste mês de abril. Cubano foi cumprimentado durante a cerimônia por todos os formandos da turma e tirou várias “selfies” com os alunos e professores.
“Foi lindo, me emocionei, quando começaram a gritar meu nome. Essas são minhas crianças, que eu criei . Hoje entrou 400 alunos e pra educar esses 400, como é que faz? Eu falo que aqui não é mais escola, ‘aqui vocês tem que seguir a regra’ então você tem que ser um paizão deles. Hoje se eu morrer, morro tranquilo – em paz comigo mesmo “, disse o zelador.
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Para os estudantes, Cubano deixava a rotina do curso mais leve
Cubano foi escolhido com unanimidade pelos estudantes.
RPC
Os estudantes dizem que o zelador deixou a graduação com seu jeito leve e engraçado. Eles contam que Cubano era quem os acalmava durante os estresses na rotina do curso e era como um ombro amigo na correria do dia a dia.
“Encontrar ele nos corredores, as brincadeiras, o curso pesado e maçante, sempre foi muito bom. Às vezes, tarde da noite fazendo disciplina aqui e ele ficava até as dez pra fechar o centro, brincando com a gente. Foi uma parte importante da graduação. A gente tem um carinho grande por ele. Eu gosto de pensar que é bom dar mérito pra quem não esta sempre no holofote “, explicou o engenheiro eletricista, Vinicius Tadashi.
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