Analistas de TI do governo fazem “operação padrão”

A Associação Nacional dos Analistas de TI (Anati), uma entidade representativa dos analistas de TI atuantes no governo federal, convocou uma “operação padrão” de duas semanas, começando nesta quarta-feira, 30. 

Em nota, a Anati afirma que a medida é uma forma de protesto visando abrir uma negociação com o Ministério da Gestão.

A principal queixa da entidade é que servidores de órgãos públicos como Funai, Agência Nacional de Mineração e os analistas de infraestrutura, obtiveram aditivos aos acordos firmados no ano passado, mas os analistas de TI não. 

É um assunto aparentemente complexo, envolvendo toda a sopa de letrinhas dos planos de carreira do governo federal. Quem quiser se aprofundar nesse aspecto, pode ler a notícia do Convergência Digital, que é de Brasília e entende dessas coisas. 

Para a população em geral, longe das particularidades da vida no Cerrado, fica a questão do que é afinal uma “operação padrão” de analistas de TI. 

Uma “operação padrão” é uma forma de protesto típica de policiais, fiscais, funcionários de aeroportos e outros setores de serviços públicos.

O cerne da coisa é seguir todas as normas e procedimentos estabelecidos para o desempenho das funções, de tal forma a gerar lentidão, sobrecarga e atrasos no atendimento, além de um belo exemplo das diferenças entre a teoria e a prática.

“O impacto de uma operação padrão pode trazer sérias consequências para a continuidade e a eficiência dos serviços públicos, especialmente em áreas críticas que dependem de suporte digital ininterrupto”, afirma a Anati na nota enviada ao ministério da Gestão. 

Um ponto importante para entender a escolha por uma operação padrão é o fato da Anati não ser um sindicato e não poder convocar uma greve propriamente dita.

Fundada em 2010, a Anati é uma entidade de nicho: ela representa ao redor de 430 analistas de TI atuando em 250 órgãos diferentes em Brasília.

Pelo perfil da diretoria, a Anati tem entre suas fileiras servidores públicos relativamente recente (quatro dos cinco diretores têm menos de 10 anos de Brasília).

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