Trump surpreende, Ibovespa afunda e investidores correm para proteger suas carteiras

Trump impulsiona rali econômico com apoio do corte de juros

O mercado financeiro iniciou a semana com alta tensão e movimentos bruscos. Após a surpresa da coletiva de Donald Trump nesta segunda-feira (07), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os mercados globais entraram em modo pânico. No Brasil, o Ibovespa encerrou o dia em forte queda de 1,38%, aos 125.503 pontos, enquanto o dólar comercial disparou 1,24%, fechando em R$ 5,9107.

Segundo Leandro Martins, analista CNPI e comentarista do Closing na BM&C News, o movimento do dia foi um claro reflexo da postura firme de Trump nas negociações com a China e outros países:

“O Trump realmente não está blefando. Ele veio firme, falando que são anos que os Estados Unidos ficaram pra trás, preocupado com a industrialização americana que ficou ociosa, com várias plantas fechadas.”

Trump reacende a guerra tarifária e espalha o medo nos mercados

A coletiva de Trump, que pegou todos de surpresa após ter sido inicialmente cancelada, reaqueceu as preocupações com uma guerra tarifária global. Trump não economizou nas palavras ao defender tarifas agressivas contra a China e até mesmo a União Europeia, alegando que essas medidas são necessárias para zerar a mesa de negociações e recuperar a economia americana.

“O mercado já está com expectativa de uma possível recessão, aumento de inflação e o mundo inteiro perdendo com essa guerra tarifária”, alertou Leandro Martins ao analisar o impacto das falas do presidente norte-americano.

Commodities e ações especulativas despencam

O reflexo imediato foi visto nas commodities e nos papéis de maior risco. Leandro destacou que ações de empresas como Petrobras e Vale, antes próximas de romper importantes resistências, afundaram com o novo cenário.

“Petrobras cai forte. Vale perdeu a LTA e foi buscar a mínima do dia. Também o setor de commodities, na minha opinião, já é um dos primeiros a mostrar um grande ponto negativo.”

Além das commodities, papéis que vinham sendo utilizados de forma mais especulativa, como Casas Bahia e Magazine Luiza, despencaram em questão de dias.

“Casas Bahia caiu mais de 30% desde o final de março. Magalu, em apenas dois pregões, já caiu mais de 13%. Eu ficaria bem longe desses papéis mais especulativos neste momento.”

Onde se proteger em meio à tempestade?

Em meio ao caos, há setores que resistem melhor. Segundo Leandro Martins, o setor financeiro está sofrendo menos.

“Se você tem uma carteira diversificada e busca manter liquidez, o setor financeiro tem mostrado um movimento menos ruim. Itaú, Bradesco e Banco do Brasil não caíram tanto.”

Leandro também fez um alerta importante sobre o índice VIX, conhecido como o “índice do medo”, que acompanha a volatilidade das opções em Chicago.

“Quando o VIX sobe acima de 50%, são fatos marcantes, como vimos na crise do subprime de 2008 ou na pandemia de 2020. Pessoal, tomem cuidado. Parcimônia. Não tenham pressa para já comprar ativos, porque ainda teremos muitas oportunidades.”

Conclusão: cautela máxima no curto prazo

Com o cenário internacional em ebulição e a volatilidade batendo recordes, o recado dos especialistas foi claro: este não é o momento de agir por impulso. Embora oportunidades possam surgir, o risco de novas quedas persiste.

“É hora de olhar para o caixa e buscar liquidez. As oportunidades virão, mas com parcimônia”, concluiu Leandro Martins.

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