Em entrevista, secretário de Agricultura de Orleans detalha aplicação do BTI e convoca produtores para reunião sobre classificação do fumo

A Secretaria de Agricultura de Orleans realizou neste sábado, dia 5 de abril, a primeira aplicação do BTI, biolarvicida utilizado no controle do borrachudo. O produto já estava em estoque na secretaria, adquirido pela gestão anterior, e foi distribuído com apoio de voluntários das comunidades. A próxima aplicação está programada para o dia 19 de abril, dependendo das condições climáticas.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá nesta segunda-feira (7), o secretário de Agricultura Guilherme Matei Orbem explicou como ocorreu a distribuição do produto. “Organizamos a logística de entrega e orientamos os representantes das comunidades sobre como aplicar corretamente o BTI. A primeira aplicação iniciou às 8h do sábado, e agora é importante que todos se preparem para a próxima etapa, prevista para o dia 19, sábado de Páscoa. Mas tudo vai depender do clima. Para garantir a eficiência, o rio precisa estar com água limpa e dentro do leito normal”, destacou.

O BTI é repassado a voluntários das comunidades, que retiram o produto na secretaria e o fracionam para que todos possam aplicar de forma simultânea. “É essencial que a maior quantidade de pessoas aplique no mesmo período para que a ação seja eficaz. Se alguém aplicar no dia seguinte, ainda funciona, mas o ideal é o trabalho conjunto”, ressaltou Orbem.

Segundo o secretário, ainda há quantidade suficiente do biolarvicida para mais uma aplicação após o inverno. “Vamos adquirir mais produto para manter a regularidade no próximo ano e garantir um controle mais eficiente”, afirmou.

O secretário reforçou o alto custo do BTI, que chega a R$ 200 o litro. “Pode parecer pouco, mas estamos falando de uma compra de 500 litros, então o investimento é significativo. Esse é um recurso público, por isso a responsabilidade no uso é essencial”, afirmou.

Agricultores ou moradores interessados em colaborar com a próxima aplicação podem procurar a Secretaria de Agricultura, a Epagri ou representantes locais. “Se alguém quiser ajudar, mesmo que não saiba quem é o responsável na sua comunidade, pode nos procurar. Vamos orientar sobre a aplicação e indicar onde retirar o produto”, explicou o secretário.

Movimento por mais justiça na classificação do fumo

Ao final da entrevista, Orbem aproveitou para divulgar um movimento que ganha força entre os produtores de fumo. Trata-se do Projeto de Lei que propõe que a classificação do tabaco seja feita na propriedade rural, e não mais nas empresas fumageiras. “Esse modelo já é lei no Rio Grande do Sul. A proposta traz mais transparência e segurança para o produtor, que muitas vezes recebe menos do que o valor justo pelo seu fumo por conta da subjetividade na classificação feita pelas empresas”, explicou.

Uma reunião entre produtores, prefeito, sindicatos e entidades está marcada para esta terça-feira (8), às 19h30, no salão de festas da comunidade do Barracão, em Orleans, para tratar do tema. Na próxima sexta-feira, uma audiência pública em Canoinhas também vai discutir a proposta. “É importante a participação dos produtores para que possamos fortalecer essa iniciativa e buscar a aprovação da lei”, concluiu o secretário.

Confira entrevista completa

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