AEL Sistemas e ARES exibem inovações tecnológicas para a defesa da Amazônia na LAAD

No segundo dia da LAAD Defence & Security 2025, a AEL Sistemas e a ARES apresentaram soluções avançadas para a defesa da Amazônia e o combate a ameaças aéreas. Entre os destaques, está o sistema Anti SARP (anti-drone), desenvolvido pela ARES em parceria com o Exército Brasileiro e financiado pela Finep. Além disso, a AEL Sistemas destacou as capacidades do Hermes 900 (H-900), veículo aéreo não tripulado já operado pela Força Aérea Brasileira, que pode ser aplicado no monitoramento da região amazônica, oferecendo vigilância de longo alcance e alta precisão.

O estande foi visitado pela diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida. Ela acompanhou a demonstração do sistema Anti SARP, projeto em desenvolvimento que prevê tecnologia para montagem em viaturas militares para qualquer terreno, mecanizadas ou blindadas ou mesmo motorizadas. A torre Anti SARP é uma solução baseada em sistemas avançados de detecção automática de drones por meio de radar e câmera de alta resolução, garantindo a busca, o acompanhamento e o engajamento do alvo para sua neutralização.

Essa iniciativa conta, ainda, com a participação do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) do Exército e incorpora o conhecimento acumulado pela ARES nos seus projetos e produção de Torres e Estações de Armas, tanto para o Brasil como para exportação.

Defesa da Amazônia

A Diretora da ABDI também assistiu à apresentação do H-900, adotado pela FAB como RQ-900, e suas potencialidades de ampliar a atuação para a Amazônia. Este é um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) de média altitude e longa autonomia. Com uma envergadura de 15 metros e capacidade para transportar cargas de até 300 kg, o H-900 é equipado com sensores avançados, incluindo câmeras de alta definição e radares de abertura sintética, permitindo operações de reconhecimento e vigilância em extensas áreas. Sua autonomia de voo ultrapassa 30 horas, possibilitando missões prolongadas de monitoramento e coleta de dados, essencial para voar sobre a Amazônia e auxiliar na identificação de atividades ilícitas em áreas remotas.

Por fim, a AEL Sistemas destacou o sistema Link-BR2, desenvolvido para a FAB. Com tecnologia nacional e alinhado às diretrizes estratégicas do Ministério da Defesa, essa tecnologia proporciona uma rede de dados robusta e criptografada. Na Amazônia, torna-se ainda mais relevante, pois pode ser integrado a plataformas das três Forças, ampliando a capacidade de monitoramento e resposta na proteção das fronteiras, facilitando o compartilhamento de imagens, vídeos e dados em tempo real entre unidades terrestres, aéreas e navais. Isso possibilita uma tomada de decisão mais ágil e eficiente no combate a ilícitos sobre uma das áreas mais estratégicas do país.