Huawei é alvo de investigação na Europa

A polícia da Bélgica e Portugal conduziu uma grande operação policial em 21 lugares nos dois países na semana passada, como parte de uma investigação de corrupção envolvendo a gigante chinesa de telecomunicações Huawei. 

Como parte da operação foram lacrados dois escritórios de deputados do Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica.  

Segundo a procuradoria da Bélgica, a investigação envolve alegações de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e suborno com o objetivo de influenciar os legisladores europeus.

Em nota, a Huawei disse que “leva as alegações a sério” e vai procurar os investigadores para “entender melhor a situação”. 

“A Huawei tem uma política de tolerância zero em relação à corrupção ou outras irregularidades, e estamos comprometidos em cumprir todas as leis e regulamentos aplicáveis em todos os momentos”, aponta a empresa em nota. 

Os chineses estão em baixa na União Europeia nos últimos anos, na medida que muitos países no continente decidiram restringir ou até banir os produtos da Huawei nas duas redes de 5G, seguindo a linha da política dos Estados Unidos. 

Na medida em que o tema foi se desenrolando nas últimas décadas, a Huawei respondeu com uma ofensiva mundial de lobby. 

No Brasil, foram contratados o ex-presidente Michel Temer e a cantora Ivete Sangalo, para escrever um parecer jurídico e ser a garota propaganda, respectivamente. 

Deu certo, e depois de um período de incertezas no governo Bolsonaro, a Huawei foi confirmada como uma fornecedora do 5G brasileiro e tem incrementado muito sua presença no país desde então. 

Nos Estados Unidos, por outro lado, a Huawei parece ter desistido, reduzindo seus times de relações com o governo ainda no começo de 2024.  

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