Caso Marcelo Arruda: um dia após ser condenado, Guaranho vai para prisão domiciliar

À época do crime, Jorge Guaranho era policial penal federal.

Um dia depois da condenação por um júri popular a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, o ex-policial penal Jorge Guaranho voltará a cumprir prisão domiciliar. Nessa sexta-feira, 14, a Justiça atendeu a um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.

Clique aqui e receba notícias no seu WhatsApp!

Leia também:
Jorge Guaranho é condenado a 20 anos de prisão

A decisão, assinada pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, autoriza a prisão domiciliar, na comarca da região metropolitana de Curitiba, com uso de tornozeleira eletrônica. O deslocamento está autorizado apenas para tratamento médico, mediante comunicado feito à central de monitoramento.

Outras condições impostas a Guaranho são: comparecimento periódico em juízo, nas condições e no prazo fixados para informar e justificar suas atividades. Além disso, proibição de deixar o domicílio, exceto para tratamento médico; e proibição de manter contato com qualquer pessoa ou testemunha relacionada à ação penal. Ele também está impedido de deixar Curitiba.

Conforme o desembargador, a prisão domiciliar de Guaranho não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal. Ele ainda mencionou o artigo 5.º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica). O artigo menciona que “toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral”.

A decisão tem caráter liminar, por isso ainda passará por análise do Tribunal de Justiça (TJ-PR).

Defesa de Guaranho alega necessidade de tratamento médico

Conforme argumentação da defesa, Guaranho, que já cumpria prisão domiciliar antes do júri, realizado de 11 a 13 de fevereiro, devido à “necessidade de tratamento médico especializado em decorrência de ter sido alvo de 09 (nove) disparos de arma de fogo e severos espancamentos por mais de cinco minutos, resultando em fratura completa da mandíbula, perda completa de dentes e massa óssea”.

A defesa ainda argumenta que diversos projéteis estão alojados no corpo dele, inclusive na caixa craniana e na porção esquerda da massa encefálica. A volta ao sistema penitenciário, diz a defesa, pode levar à interrupção do tratamento médico.

No julgamento, que durou três dias, Guaranho recebeu a sentença de 20 anos de prisão pela prática de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil (a divergência política) e por perigo comum (pelo fato de o acusado haver atirado contra a vítima em local com outras pessoas, colocando-as em risco).

Logo após o anúncio da sentença, na quinta-feira, 13, ele saiu no camburão da Polícia Militar em direção ao Complexo Médico Penal. Antes do júri, o ex-policial já estava em regime de prisão domiciliar em Foz do Iguaçu, onde vive.

Relembre o crime ocorrido em Foz do Iguaçu

Ex-policial penal lotado na Penitenciária Federal de Catanduvas, Guaranho tirou a vida do guarda municipal e ex-tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda no dia 9 de julho de 2022.

Arruda comemorava o aniversário de 50 anos, na sede da Associação Recreativa e Esportiva de Segurança Física da Itaipu (ARESF), na Vila A, quando Guaranho invadiu o local.

Após uma discussão, ele foi embora, porém minutos depois voltou à festa com arma em punho e disparou contra a vítima.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!

O post Caso Marcelo Arruda: um dia após ser condenado, Guaranho vai para prisão domiciliar apareceu primeiro em Últimas Notícias de Foz do Iguaçu e Região – H2FOZ.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.