Caso Dienifer: ex-militar que simulou suicídio de companheira grávida é condenado a mais de 50 anos

O Tribunal do Júri de Alegrete, composto por sete jurados – quatro homens e três mulheres –, reconheceu que o crime ocorreu mediante sedação da vítima, com meio cruel (enforcamento), motivo torpe (por não aceitar o fim do relacionamento) e em contexto de violência doméstica. Além disso, ele também foi condenado por aborto fetal, pois Dienifer estava grávida de seis meses.

O julgamento teve duração de mais de oito horas e foi marcado por forte emoção. Amigos e familiares da vítima aplaudiram de pé ao final da sessão.

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Paulo Cézar foi preso em 25 de maio de 2023 em Bagé, após uma investigação que reclassificou a morte de Dienifer, inicialmente registrada como suicídio, como homicídio. A Promotoria de Alegrete, com base em perícias técnicas, constatou que o acusado esteve no local entre 3h e 4h da madrugada do crime.

A sessão começou com um pedido da defesa para a anulação do julgamento, sob a alegação de que não teve acesso a materiais anexados ao inquérito. O juiz indeferiu o pedido, afirmando que os prazos legais foram cumpridos.

Durante o interrogatório, Paulo Cézar admitiu que, após a morte de Dienifer, enviou mensagens fingindo ser ela e confessou que não queria manter contato com a família da vítima. Ele negou ter cometido agressões, mas confirmou que o relacionamento era conflituoso e que vizinhos já haviam intervido em brigas do casal.

No decorrer do julgamento, foram ouvidas duas testemunhas, uma de defesa e outra de acusação. O Ministério Público foi representado pela promotora Rochele Jelinek, com assistência do advogado Eliandro Petrocelli. A defesa do réu ficou a cargo das advogadas Luma Costa, Cássia Dornelles e Nathana Godinho.

A condenação de Paulo Cézar Franco da Silva é um marco no combate à violência contra a mulher e encerra um caso que gerou grande comoção em Alegrete. Familiares de Dienifer afirmaram que, apesar da dor, a decisão traz um sentimento de justiça.

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