Paes descarta rebaixamento de escolas afetadas por incêndio no Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou em suas redes sociais que conversou com o presidente da Liga RJ, Hugo Júnior, na manhã desta quarta-feira (12), e afirmou que as escolas de samba afetadas pelo incêndio na fábrica Maximus Confecções, em Ramos, na Zona Norte do Rio, não serão rebaixadas no carnaval deste ano.

“Conversei agora com o presidente Hugo Júnior da série Ouro que me deu mais detalhes das 3 escolas afetadas pelo incêndio de hoje em Ramos. Já tomamos a decisão de que, independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas hors con·cours“, escreveu Paes.

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O incêndio afetou diversas agremiações que vão desfilar na Série Ouro, na Marquês de Sapucaí, e na Série Prata, na Intendente Magalhães, neste ano. A fábrica é responsável por pelo menos 60% dos tecidos que produzem as fantasias e camisas, além de alegorias dessas escolas de samba.

Paes informou que está em Brasília, mas que o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere, está acompanhando de perto a situação. “Deixo o meu abraço aos componentes do Império Serrano, da Unidos da Ponte e da Unidos de Bangu, agremiações que tanto orgulham o Carnaval carioca. A prefeitura do Rio estará ao lado de vocês”, disse o prefeito.

As chamas começaram por volta das 7h30 e rapidamente se espalhou pelos andares do edifício, deixando algumas pessoas presas no último andar do prédio, sem conseguir sair devido à intensidade das chamas e da fumaça. A fábrica funcionava com turno de 24 horas, principalmente para agilizar os último detalhes para o Carnaval.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, mais de 90 militares de treze quartéis diferentes foram mobilizados para combater as chamas. Até o momento, 22 pessoas foram resgatadas, sendo 12 em estado grave, a maioria por queimadura nas vias aéreas pela inalação de fumaça. As vítimas foram encaminhadas para diversos hospitais da cidade.

Escolas de samba afetadas

A Império Serrano e a Unidos da Ponte, da Série Ouro, informaram em nota que perderam todo o material. Já a Unidos do Porto da Pedra afirmou que teve duas alas, placas e tecidos afetados no incêndio, gerando prejuízo à agremiação.

As escolas de samba da Série Prata que produziam suas roupas no local tiveram grandes prejuízos.

– Acadêmicos da Rocinha: perdeu malhas e camisas de alas.

– Independentes de Olaria: perdeu camisas e malhas de quatro alas.

– Boi da Ilha: perdeu camisas da diretoria.

– Acadêmicos do Dendê: perdeu camisas da diretoria.

Ainda não há informações sobre a causa do incêndio, e a perícia já foi acionada para investigar o ocorrido. O prejuízo financeiro ainda está sendo calculado, mas o impacto para o Carnaval e para os trabalhadores da fábrica é imensurável.

Liga RJ se pronuncia

Por meio de nota, a Liga RJ disse que recebe com profunda preocupação a notícia do incêndio ocorrido na Fábrica Maximus, considerado um espaço essencial para o Carnaval carioca.

“Nossa primeira e maior preocupação é com a segurança e o bem-estar de todas as pessoas que estavam no local, esperando que todos estejam fora de perigo e recebendo o devido amparo”.

A Fábrica Maximus desempenha um papel fundamental no fornecimento de materiais para as escolas de samba e, além disso, serve como espaço para a confecção de fantasias de diversas agremiações.

“O impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização”, lamentou a Liga RJ.

Diante deste cenário, a Liga RJ informa que convocará, com urgência, seus Presidentes para uma Assembleia Geral Extraordinária a fim de avaliar a situação e definir os próximos passos, garantindo que nenhuma escola de samba filiada seja prejudicada.

“Nosso compromisso é buscar soluções que possibilitem a continuidade dos trabalhos e a realização do Carnaval com a grandiosidade que o povo merece. A Liga RJ seguirá acompanhando de perto as investigações e as consequências desse triste episódio, reafirmando seu apoio a todas as agremiações atingidas. Unidos, superaremos mais este desafio”, finalizou.

Fogo controlado

Por volta das 11h, o Corpo de Bombeiros informou que o incêndio foi controlado e todas as vítimas foram retiradas do local. Ainda de acordo com a corporação, o edifício não tinha autorização para funcionar como fábrica.

“Estamos fazendo a varredura no local, mas a princípio, todos os funcionários foram resgatados. A edificação não possuía aprovação do Corpo de Bombeiros para funcionar, não tinha as condições de segurança necessárias. O incêndio atingiu cerca de 500 metros quadrados e está controlado. Não há mais focos”, informou o Coronel Sarmento, representante do Corpo de Bombeiros.

A Polícia Militar mantém a área isolada para garantir a segurança da população, enquanto a Polícia Civil realiza a perícia e investiga as causas do incêndio. A ocorrência foi registrada na 21ª DP (Bonsucesso).

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