Temperaturas até 7°C acima da média e 10 dias de calor intenso: veja como será nova onda de calor


Fenômeno começa nesta quarta-feira (12) e deve atingir principalmente as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Calor no Paraná
José Fernando Ogura/AEN
A partir desta quarta-feira (12), o Brasil deve enfrentar uma nova onda de calor que vai elevar as temperaturas em boa parte do país. De acordo com a Climatempo, o fenômeno deve durar ao menos até dia 21 de fevereiro.
➡️Para ser caracterizada como onda de calor, as temperaturas precisam se manter 5°C acima da média por pelo menos cinco dias consecutivos.
No caso da onda de calor dos próximos dias, a previsão é que algumas regiões tenham marcas até 7°C acima do esperado para o mês de fevereiro.
O fenômeno é consequência de um bloqueio atmosférico que vai se instalar na região central do país. (relembre abaixo)
🔄Os bloqueios atmosféricos são sistemas de alta pressão que se estabelecem em níveis médios da atmosfera e intensificam a circulação do ar de cima para baixo. Esses fenômenos favorecem o aumento das temperaturas e impedem a formação de grandes nuvens de chuva.
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, também lembra que esses sistemas dificultam o avanço de frentes frias pelo interior do país.
Dessa vez, o fenômeno deve afetar boa parte do Sudeste, parte do Centro-oeste e parte do Nordeste. (veja no mapa abaixo)
Ao menos nove estados devem sofrer com o calorão nos próximos dias:
norte do Paraná
sul de Mato Grosso do Sul
São Paulo
Rio de Janeiro
Espírito Santo
Minas Gerais
leste de Goiás
oeste da Bahia
sul do Piauí
Onda de calor
Arte/g1
Recordes de temperatura
Com a expectativa da nova onda de calor se manter por uma sequência extensa de dias diversas capitais podem registrar as maiores temperaturas do ano.
No Sudeste, por exemplo, todas as capitais têm chance de atingir o recorde de calor para 2025 ao longa da semana, de acordo com a Climatempo.
Até o momento, as capitais da região têm as seguintes marcas de temperatura mais alta no ano:
São Paulo: 33,9 °C – 22/01 – (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
Rio de Janeiro: 38,7 °C – 20 e 21/01 – (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
Vitória: 36,2 °C – 21/01 – (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
Belo Horizonte: 34,4 °C – 21/01- (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
Entre quarta e quinta (13), São Paulo pode chegar a temperaturas de 34ºC e 35ºC. No mesmo período, Rio de Janeiro tem chance de atingir 38ºC ou 39ºC. Em algumas áreas do estado do Rio, o calor pode chegar a 40ºC.
Já entre quinta e sexta (14), Belo Horizonte tem possiblidade de chegar a 34ºC ou 35ºC. Nesses dias, Vitória pode alcançar 36ºC ou 37ºC.
Além das altas temperaturas, Luengo comenta que as chuvas tendem a ser bem mais isoladas neste período.
“A chuva durante a onda de calor é a chuva convectiva, que se forma por causa do calor e da umidade e acontece de forma mais isolada. Não vai ser aquela chuva muito abrangente e generalizada”, detalha.
O meteorologista ainda destaca que o estado de São Paulo pode ser um dos locais com mais chuva, mas sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e Mato Grosso do Sul também podem ter pancadas.
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Como se forma uma onda de calor?
As ondas de calor precisam de dois principais fatores climáticos para se formarem: massas de ar quente e seco e bloqueios atmosféricos.
A circulação dos ventos quando há um bloqueio é anti-horário, o que favorece que as massas de ar quente e seco ganhem força e impede o deslocamento das frentes frias para o continente.
O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas.
Arte/g1
Assim, quando há um bloqueio atmosférico, as frente frias se formam, tentam avançar, mas encontram essa barreira, o que as leva diretamente para o oceano.
Sem a entrada de umidade vinda com essas frentes frias, a massa de ar quente vai ganhando cada vez mais força no continente, caracterizando a onda de calor.
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