Dia do Preservativo: erros comuns e tudo o que você precisa saber

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do uso da camisinha na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e na gravidez indesejada, no dia 13 de fevereiro é celebrado o Dia do Preservativo.  A data foi estabelecida em 2008 pela AIDS Healthcare Foundation (AHF), a organização internacional dedicada à prevenção do HIV/AIDS. No conteúdo a seguir, saiba mais detalhes e os erros mais comuns! 

No Brasil, o mercado de camisinhas segue crescendo. Aliás, de acordo com os últimos estudos, 600 milhões de unidades são vendidas anualmente no país. Além disso, preservativos estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o foco em aumentar ainda mais a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez antes da maioridade.  

Análise de especialistas sobre o uso de preservativo

O médico psiquiatra e especialista em sexualidade, Dr. Jairo Bouer, alerta para os principais erros no uso do preservativo. “Abrir o pacotinho com os dentes ou unhas pode danificar o material e aumentar o risco de ruptura”.

Por isso, ele recomenda segurar pela ponta com dois dedos e deslizar sobre o pênis, evitando bolhas de ar que podem causar rompimentos. Além disso, é essencial garantir que o preservativo tenha o selo de qualidade do Inmetro e esteja dentro do prazo de validade. Isso porque, a qualidade do produto é importante! 

Sobre os diferentes tipos de preservativos, Bouer explica que atualmente se usa a nomenclatura “preservativo estéril” (antigo masculino) e “preservativo interno” (antigo feminino). O interno pode ser colocado antes da relação sexual, antes de mais nada facilitando o uso. “A eficácia de ambos é semelhante na prevenção de ISTs, desde que usados corretamente”, explica.

Melhor escolha para a prevenção

Li Rocha, sexóloga, traz como exemplo que lubrificantes à base de óleo, como vaselina e óleo de coco, podem comprometer a segurança da camisinha. “Os mais indicados são os à base de água ou silicone. Caso o preservativo rompa, a recomendação é interromper imediatamente a relação, procurar um profissional de saúde e considerar testes para ISTs e contracepção de emergência”, explica.

Para relações sem penetração, como sexo oral ou uso de produtos sexuais, Assaf recomenda o uso de preservativos, principalmente para a barreira e higienização adequada. Ela também alerta que, embora o uso de preservativo na prática de sexo oral seja baixa, a testagem continua sendo essencial, pois a camisinha não protege 100% contra ISTs.

“A conscientização sobre o uso correto do preservativo e a combinação de múltiplos métodos de prevenção são fundamentais para a segurança e bem-estar sexual da população”, diz.

E a vacinação contra HPV? Explicamos!

Já a Dra. Clara Assaf, médica proctologista, reforça que, além do preservativo, existem outras formas de prevenção contra ISTs; entre elas  a testagem regular, o uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), da PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e a vacinação contra Hepatite B e HPV. 

A vacina contra o HPV, por exemplo, está disponível gratuitamente pelo SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, também é oferecida para alguns grupos até os 45 anos. Na rede privada, a vacina nonavalente cobre, principalmente, nove tipos do vírus.

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O diretor de marketing do aplicativo de relacionamento Ysos, afirma que “Existe uma percepção equivocada de que pessoas em relações não monogâmicas estão mais expostas às ISTs. Dentro desses meios, há um diálogo muito natural e aberto sobre prevenção. A testagem e o uso de preservativos, o que resulta em mais cuidado e consciência. Por outro lado, independente do tipo de relação escolhida, quem trata esse tema como um tabu pode acabar desenvolvendo uma falsa sensação de segurança. E consequentemente, se expondo a riscos maiores”, conclui. 

Com colaboração da assessoria de imprensa.

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